O laudo definitivo do IML (Instituto Médico Legal) confirmou que o pequeno Pedro Henrique Ferreira Danin, de apenas 2 anos, conhecido como Pedrinho, morreu vítima de asfixia, em Santa Isabel. A conclusão técnica levou a Polícia Civil a prender temporariamente, nesta quarta-feira (3), a mãe da criança e o padrasto, apontado como autor direto do crime.
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O padrasto, Jeferson Ivan Lopes dos Santos, de 21 anos, foi detido em Águas de Lindóia. Já a mãe, Giovanna Cerazo Danin, também de 21, foi presa em Guarujá, no litoral paulista. Ambos tiveram a prisão decretada pela Justiça após pedido da polícia.
Contradições e indícios de agressão
No dia da morte, em 22 de julho, Jeferson levou Pedrinho à Santa Casa de Santa Isabel, mas apresentou versões contraditórias: primeiro disse que o menino havia caído da escada e, depois, alegou queda no banheiro. As inconsistências acenderam o alerta da polícia.
“A investigação se tornou complexa. Foram mais de vinte testemunhas ouvidas. O primeiro laudo não trouxe resultado conclusivo, mas exames posteriores comprovaram a asfixia, possivelmente pelas mãos do padrasto”, afirmou a delegada Regina Campanelli, responsável pelo caso.
Relatos de vizinhos também reforçaram as suspeitas. Eles disseram que o menino aparecia com hematomas e olhos inchados, sempre justificados pela mãe como supostas quedas. Em uma das ocasiões, entre abril e maio, Giovanna e o companheiro se recusaram a levá-lo ao médico, mesmo diante da insistência da vizinhança.
Mãe investigada por negligência
Embora não seja apontada como autora das agressões, Giovanna responderá por homicídio com dolo eventual, já que teria assumido o risco ao manter o filho sob os cuidados do padrasto, mesmo ciente da violência anterior.
A polícia também apura indícios de descaso: “Um dia após a morte de Pedro, Giovana foi vista em uma balada, dançando, como se nada tivesse acontecido”, disse a delegada.
Provas coletadas
Durante buscas na residência, policiais apreenderam dois colchões. Um deles tinha manchas visíveis de sangue. Já o colchão de Pedrinho reagiu fortemente à aplicação de luminol, revelando grande quantidade de material biológico. Amostras foram enviadas para análise a fim de confirmar se o sangue é da criança.
Prisão temporária e próximos passos
A prisão temporária de Jeferson e Giovanna tem prazo de 30 dias, podendo ser prorrogada por igual período. A Polícia Civil deve pedir, em seguida, a conversão em prisão preventiva, que pode se estender até o julgamento final.