A Polícia Civil indiciou uma mulher de 34 anos pela morte de dez gatos em uma ONG de proteção animal. Ela é acusada de praticar maus-tratos e envenenar os animais no dia seguinte à sua demissão da instituição.
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O caso ocorreu em uma organização localizada no bairro Carlos Prates, região Nordeste de Belo Horizonte. De acordo com a investigação, além dos dez animais que morreram, outros dois chegaram a ser resgatados com vida, mas apresentavam sinais de intoxicação.
Segundo a polícia, a ex-funcionária foi enquadrada no crime de “praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos”. A pena prevista é de três meses a um ano de detenção, além de multa, podendo ser aumentada em razão das mortes.
Mesmo após a demissão, a mulher teria assinado um termo de voluntariado para seguir atuando de forma gratuita. No dia 22 de fevereiro, ela esteve na sede da ONG e, logo após sua saída, os gatos começaram a apresentar sintomas de envenenamento. Exames feitos em restos de alimentos confirmaram a presença de veneno.
O inquérito já foi encaminhado à Justiça.
A presidente da ONG Basta Adotar, Ana Flávia Vieira Pires, relatou em redes sociais que encontrou vários animais mortos ao chegar ao abrigo naquela manhã. Outros apresentavam sinais de sofrimento intenso.
“Um de nossos voluntários veio buscar alguns gatinhos que participariam de um evento de adoção e encontrou um deles passando mal, vomitando. Ele morreu nos braços dela. Em seguida, percebemos outros em agonia e muitos já sem vida”, disse.
Ainda segundo Ana Flávia, camisas foram achadas em terrenos vizinhos, o que levanta a suspeita de que tenham sido usadas para invadir o abrigo. Dois gatos foram levados em estado grave para atendimento veterinário.