FOGO EM FLORESTAS

17 animais silvestres morrem em incêndios florestais em São Paulo

Por Da redação | São Paulo
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução
Anta resgatada em incêndio sofreu queimaduras em 70% do corpo e não resistiu
Anta resgatada em incêndio sofreu queimaduras em 70% do corpo e não resistiu

O Governo de São Paulo registra oficialmente 17 casos de animais silvestres vítimas de incêndios florestais em 2025. O episódio mais grave foi o da anta resgatada em Teodoro Sampaio, no Pontal do Paranapanema, que sofreu queimaduras em 70% do corpo e não resistiu, apesar do tratamento intensivo.

Além da anta, centros autorizados pela Semil (Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística) notificaram ocorrências envolvendo diferentes espécies. Em Assis, a Apass (Associação Protetora de Animais Silvestres) recebeu cinco cachorros-do-mato, dois veados-catingueiros, um furão, um ouriço-cacheiro, um urubu, um gavião-carijó e uma pomba-asa-branca. O furão, o ouriço e um dos veados também morreram em decorrência das queimaduras.

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Na região de Ribeirão Preto, o Cetras atendeu dois urubus e um tapicuru ou galo-do-bico-fino. Já em São Roque, o Cras Núcleo da Floresta recebeu um filhote de gato-do-mato, encontrado debilitado após incêndio às margens da Rodovia Raposo Tavares.

“Essas ocorrências evidenciam a importância da atuação coordenada entre brigadistas da Fundação Florestal, Polícia Ambiental e instituições credenciadas no resgate e tratamento de animais vítimas do fogo. Também reforçam a necessidade de que todos os centros mantenham notificações atualizadas na plataforma do Governo do Estado, garantindo respostas rápidas e eficazes em situações críticas que ameaçam a biodiversidade”, disse Liliane Milanelo, coordenadora de Gestão dos Cetras da Semil.

Atualmente, a rede estadual conta com 30 empreendimentos credenciados: quatro especializados em fauna marinha e 26 aptos a receber animais vítimas de incêndios florestais. Em 2024, foram registrados 94 resgates decorrentes de queimadas, dos quais 53 não resistiram, dois foram reabilitados e devolvidos à natureza e os demais seguem em tratamento.

Capacitação e prevenção.

Para reduzir os impactos dos incêndios sobre a fauna, a Semil promove um pacote de videoaulas gratuitas, voltadas à prevenção, preparação e resposta a emergências, com ênfase no resgate e manejo de animais silvestres e domésticos vitimados pelo fogo. As aulas fazem parte da Operação São Paulo Sem Fogo e ficam disponíveis até 17 de setembro no portal de Educação Ambiental da Semil (clique aqui).

Para cumprir seus objetivos, a Operação São Paulo Sem Fogo desenvolve uma série de atividades de forma permanente ao longo do ano, divididas em fases (verde, amarela e vermelha), conforme as necessidades e priorizações de cada período.

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