MÁFIA DO APITO

‘Não me matei por covardia’, diz ex-árbitro Edilson Pereira

Por Da redação | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 1 min
OVALE
Ex-árbitro Edílson Pereira de Carvalho
Ex-árbitro Edílson Pereira de Carvalho

O escândalo no futebol brasileiro conhecido como ‘Máfia do Apito’, que aconteceu há 20 anos, destruiu a vida do então árbitro nacionalmente reconhecido Edílson Pereira de Carvalho, 63 anos.

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Na época, após ter sido banido do futebol, Edílson conta que pensou em se matar, e que só não tirou a vida por covardia.

“Poderia ter feito sim [tirado a própria vida], mas fui covarde. Mas não tem como explicar. Não tem”, disse Edílson em entrevista ao Documento OVALE Cast, podcast especial de OVALE.

O Documento OVALE Cast, podcast que investiga e aprofunda temas de grande relevância, conta com a participação do editor-chefe de OVALE, Guilhermo Codazzi, e do repórter especial Xandu Alves.

Confira o trecho da entrevista com o ex-árbitro.

 

O que evitou que o senhor tirasse a própria vida? O senhor pensou em quê? Alguma coisa segurou ali, o senhor atirou para cima e não na própria cabeça?

Acho que foi covardia. Se atirei para cima e o revólver tem seis balas, tem mais cinco balas dentro do revólver. Foi covardia da minha parte, estando na hora alcoolizado, e tinha horas que não. O sofrimento era muito grande. Era uma vergonha muito grande. Não podia ligar a televisão, estava lá a minha cara. Só falavam isso.

Parece que o mundo ia acabar. O Brasil ia acabar por causa dessa Máfia do Apito, de um juiz que burlou o futebol brasileiro. Burlei porra nenhuma. Burlei nada de 11 jogos. Mas estava do lado errado da honestidade. E fui covarde. Poderia ter feito sim, covarde. Mas não tem como explicar. Não tem.

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