RACISMO

Motoboy acusa professora de racismo em Taubaté

Por Leandro Vaz | Taubaté
| Tempo de leitura: 2 min
Da redação
Reprodução
Karene Gonçalves
Karene Gonçalves

Um caso de injúria racial registrado na última sexta-feira (22) em Taubaté segue gerando grande repercussão. O motoboy Glauber Benjamin, que trabalha com transporte por aplicativo, acusa a professora Karene Gonçalves de tê-lo ofendido com frases racistas após uma corrida de moto.

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Segundo Glauber, a cliente teria solicitado a retirada da redinha do banco, pedido que ele não poderia atender. “Ela disse que não ia mais, e eu pedi para cancelar. Nesse momento, ela falou: ‘Quem é você? Você é preto e eu sou branca’. Daí pra frente é o que está no vídeo”, relatou o motoboy em entrevista ao SBT, referindo-se às imagens que circularam nas redes sociais.

Nas gravações, Karene aparece desferindo as ofensas. Procurada pela reportagem, ela apresentou a sua versão. A professora afirmou que sofre de problemas psiquiátricos, mostrou atestados médicos e declarou que também foi vítima de agressões verbais e ameaças. “Eu taquei o capacete dele no chão e ele foi tentar me agredir. […] Em um momento de nervoso, eu falei ‘preto de m**’. Estou errada. Eu não posso xingar ninguém dessa forma. Preto é um elogio”, disse.

A defesa de Glauber nega as acusações feitas por Karene. “Nenhum momento chegou ao nosso conhecimento essas alegações dela. Da parte do meu cliente, nada disso foi feito. Ele apenas registrou boletim de ocorrência e entregou os vídeos à polícia”, explicou o advogado do motoboy.

Durante a entrevista, Karene chegou a fazer comparações controversas, envolvendo até referências a Hitler, para argumentar que as pessoas ruins também podem agir por “amor”. Ela afirmou ainda que não considera o termo “preto” como ofensa, citando alunos negros como exemplo.

O caso foi registrado pela Polícia Civil e segue sob investigação. O Ministério Público deve analisar o inquérito para decidir sobre o oferecimento de denúncia contra a professora.

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