INVESTIGAÇÃO

Homem estava em estado de choque ao depredar hospital na região

Por Leandro Vaz | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
Da redação
Reprodução
Local ficou destruído
Local ficou destruído

Um homem em estado de forte abalo emocional provocou danos na recepção do Hospital São Francisco de Assis, no bairro Parque Califórnia, na tarde de quarta-feira (27). O caso foi registrado pela Polícia Civil como crime de dano, previsto no artigo 163 do Código Penal.

Segundo o boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada às 15h43 e, ao chegar ao hospital, encontrou a recepção destruída, com móveis, vidros e equipamentos quebrados. O engenheiro mecânico Antonio Marcos Viana de Freitas, de 54 anos, estava bastante alterado e foi contido após alguns minutos de conversa.

De acordo com relato feito à polícia, o pai alegava negligência por parte da unidade de saúde e se revoltou ao ser informado de que não poderia receber imediatamente cópias do prontuário do filho, que morreu no último domingo (24), após mais de um mês internado na UTI Adulto do hospital.

Após se acalmar, ele foi conduzido, junto com representantes da unidade, à Delegacia Seccional de Jacareí, onde todas as partes foram ouvidas e liberadas.

Em comentário publicado nas redes sociais, o filho de Antonio, identificado como Thiago, afirmou que seu irmão enfrentava doença de Crohn e teria deixado o hospital em condições precárias antes do óbito.

“Meu irmão chegou ao hospital pesando 51 kg e teve alta com 44 kg. Mesmo nesse estado, com dores que não passavam nem com morfina, ele não recebeu nenhuma receita nutricional e nem medicamentos para dores”, declarou.

O relato reforça o clima de tensão em torno do caso, que segue sendo investigado.

Decisão.

No despacho, a Polícia Civil destacou que o investigado estava em profundo estado de choque, “absolutamente fora de si” e sem condições emocionais de compreender a gravidade de sua conduta. Por isso, não foi lavrado auto de prisão em flagrante, nem adotada medida imediata de polícia judiciária.

O caso foi registrado como dano ao patrimônio, cuja ação penal é de iniciativa privada, cabendo ao hospital ingressar com queixa-crime. A Polícia também orientou que, caso a família considere ter havido negligência médica, poderá recorrer ao Conselho Regional de Medicina ou ingressar na Justiça.

Em comunicado, o Hospital São Francisco de Assis repudiou o episódio e ressaltou que a família já tinha acesso ao prontuário médico do paciente durante o período de internação, como prevê a lei.

“O Hospital São Francisco de Assis repudia toda forma de violência e reforça seu compromisso com a defesa da vida e o acolhimento das famílias”, informou a instituição.

Comentários

Comentários