A Polícia Civil de Bananal anunciou a conclusão da investigação sobre o caso de maus-tratos a um cavalo, que ganhou grande repercussão nacional. O inquérito, conduzido pelo delegado Rubens José da Silva, apontou que o animal foi mutilado ainda com vida, conforme laudo pericial elaborado com apoio da médica veterinária Luana Gesualdi.
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Segundo o delegado, a apuração começou já no fim de semana do crime, antes mesmo da forte repercussão nas redes sociais. “Na segunda-feira de manhã já estávamos com o autor identificado, testemunhas ouvidas e o local dos fatos periciado. Todas as diligências foram realizadas rapidamente e remetidas ao Ministério Público”, afirmou.
O laudo detalhou que os hematomas constatados no corpo do cavalo são compatíveis com ferimentos em vida, descartando a possibilidade de agressões após a morte. A veterinária explicou que a pouca quantidade de sangue vista nas imagens se deve ao estado de exaustão do animal. “Quando está em fadiga extrema, a pressão arterial cai, o pulso fica muito baixo, e por isso há pouco sangramento visível”, esclareceu.
O delegado reforçou que o acusado, que admitiu estar embriagado no momento do crime, pode ter acreditado que o animal já estivesse morto. “O laudo comprova que os ferimentos foram causados em vida. Isso encerra nossa investigação e reforça a gravidade do caso”, disse Rubens.
Além da responsabilização criminal, o caso mobilizou autoridades e ativistas em defesa dos animais. O vereador Martins, presidente da Câmara de Bananal, o prefeito William, o deputado federal Bruno Lima, o biólogo Henrique e outros apoiadores têm discutido mudanças legislativas para endurecer as penas contra maus-tratos.
“Esse é o próximo passo: atualizar a lei, dar mais proteção e dignidade aos animais. Esse caso mostrou que a sociedade exige mudanças”, ressaltou o delegado.
A veterinária Luana agradeceu a oportunidade de colaborar com a investigação. “Foi muito importante poder contribuir, acompanhar de perto a dedicação da Polícia Civil e trabalhar para dar uma resposta à sociedade”, afirmou.
O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público e ao Poder Judiciário, e agora aguarda desdobramentos no âmbito judicial.