SAÚDE

Médicos: Taubaté pede revisão de veto de conselho a terceirização

Por Julio Codazzi | Taubaté
| Tempo de leitura: 3 min
Divulgação/PMT
Prefeitura quer contratar médicos terceirizados via Organizações Sociais, mas Conselho Municipal de Saúde vetou proposta em julho
Prefeitura quer contratar médicos terceirizados via Organizações Sociais, mas Conselho Municipal de Saúde vetou proposta em julho

Um mês e meio após o Comus (Conselho Municipal de Saúde) barrar a proposta de ampliar a terceirização de médicos na rede municipal de saúde de Taubaté por meio de OSs (Organizações Sociais), a Prefeitura submeterá o tema ao conselho mais uma vez, para pedir uma revisão da decisão anterior.

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O veto foi dado na reunião de 10 de julho, quando a proposta foi rejeitada com nove votos contrários e três abstenções. A nova reunião está marcada para a próxima segunda-feira (25), a partir das 19h30.

Caso a proposta seja barrada novamente pelo Comus, a Prefeitura não poderá levar adiante a contratação de médicos via OSs. À reportagem, o município afirmou que, pela demanda atual, precisaria contratar 15 profissionais especialistas dessa forma.

Veto.

A reunião de 10 de julho foi marcada por momentos tensos entre a então secretária de Saúde, Rosana Gravena, e os integrantes do conselho.

Em nota divulgada após a reunião, o presidente do Comus, Odair José Leite Viriato, afirmou que "um fator decisivo para a reprovação do projeto" foi que a então secretária divulgou uma informação "falsa" de que "o município perderia R$ 1,5 milhão em emendas" caso "o projeto de terceirização não fosse aprovado".

"Apesar de várias tentativas de convencimento por parte da gestão [municipal], inconsistências e informações falsas continuaram a surgir, o que reforçou a decisão da maioria", disse o presidente do conselho.

Terceirização.

Em maio, o governo Sérgio Victor (Novo) deu o pontapé inicial nessa tentativa de ampliar a terceirização de médicos na rede municipal, com a abertura de um chamamento para qualificar entidades como OSs na área da saúde.

Por meio desse chamamento, sete entidades já foram qualificadas: INDSH (Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano); Iesp (Instituto de Excelência em Saúde Pública); AFNE (Associação Filantrópica Nova Esperança); Instituto de Proteção a Maternidade e Infância Ubaíra; Instituto Nacional de Gestão para Excelência em Saúde; Igaps (Instituto de Gestão, Administração e Pesquisa em Saúde); e Beneficência Hospitalar de Cesário Lange.

Caso o Comus aprove a proposta, a Prefeitura terá que abrir um segundo chamamento, dessa vez para definir qual das entidades acima ficará responsável por disponibilizar os médicos. À reportagem, o município não informou uma previsão de quanto tempo seria necessário para concluir o processo. "Após os trâmites junto ao Comus, existem os prazos legais para contratação que serão cumpridos conforme a legislação vigente".

Saúde.

Atualmente, cinco unidades de saúde de Taubaté contam com médicos terceirizados: o HMUT (Hospital Municipal Universitário de Taubaté), as UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) San Marino e Santa Helena, o PSM (Pronto Socorro Municipal) e o PA (Pronto Atendimento) do Cecap.

Nesse caso, no entanto, toda a gestão é feita por uma OS, que faz a administração da unidade e disponibiliza médicos e outros profissionais. O HMUT e as duas UPAs são geridas pelo Grupo Chavantes. O PSM e o PA são administrados pelo Iesp.

Em julho, após questionamento da Câmara, a Prefeitura afirmou que a proposta de contratar médicos via OSs "se trata de uma ação emergencial e provisória, que visa tão somente reduzir filas de atendimento e suprir vagas decorrentes de exoneração, até que seja admitido um novo profissional".

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