SAÚDE

Pesquisa revela: 20% dos hospitais erram com antibióticos

Por Da Redação | Agência Brasil
| Tempo de leitura: 1 min
Flávia Albuquerque - repórter da Agência Brasil
Marcelo Camargo/Agência Brasil

O IQG (Instituto Qualisa de Gestão) em parceria com a SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia) visitou 104 hospitais brasileiros avaliando as prescrições e dosagens de antibióticos.

O resultado da avaliação demonstrou que um em cada cinco hospitais não ajusta corretamente a dosagem de antibióticos. Além disso, nenhum deles tem protocolo de descarte adequado.

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A pesquisa avaliou hospitais públicos e privados e concluiu que quase 88% das unidades ainda prescrevem antibióticos por tentativa e erro, prática que contribui para o surgimento de microrganismos resistentes. Isso acontece quando as bactérias aprendem a lidar contra os antibióticos e deixam de fazer efeito. Dessa forma, as infecções ficam mais difíceis de curar.

A resistência antimicrobiana já é classificada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como uma crise silenciosa com potencial de superar o câncer em número de mortes até 2050.

No Brasil, estimativas indicam que 48 mil pessoas morrem anualmente por infecções resistentes, com projeção de mais de 1,2 milhão de mortes até 2050.

A falta de controle nas prescrições e o uso empírico, especialmente em UTIs, representam um risco desnecessário que poderia ser evitado com maior fiscalização.

O estudo, divulgado como parte da campanha “Será que precisa?”, alerta para o uso incorreto desses medicamentos.

Mara Machado, presidente do IQG, enfatizou a urgência de políticas públicas para combater o uso indiscriminado e destacou os riscos à saúde humana e o problema ambiental gerado pelo descarte inadequado percebido em todas as unidades.
Anis Ghattás, presidente da AHOSP (Associação de Hospitais e Serviços de Saúde de São Paulo), reforçou o papel central dos hospitais no combate a esse problema e a importância de implementar protocolos rigorosos para o uso racional de antimicrobianos.

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