Uma nova perícia será realizada em Bananal, nesta quarta-feira (20), com a participação de agentes da Polícia Civil de São José dos Campos e veterinários, para descobrir se o cavalo já estava morto quando teve as patas decepadas ou se morreu após o ato de crueldade.
Na terça-feira (19), a polícia fez diligências para investigar o caso do cavalo que teve as patas cortadas por Andrey Guilherme Nogueira de Queiroz, 21 anos, que confessou o ato. Ele alega que o animal estava morto quando cortou as patas.
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Investigar essa versão é a principal linha de investigação da polícia, conforme apurou OVALE. Andrey já prestou depoimento, espontaneamente, na segunda-feira (18), e alegou que desferiu os golpes no cavalo por acreditar que ele já estivesse morto. Antes disso, ele disse ao amigo que cavalgava com ele: “Se você tem coração melhor não olhar”.
Segundo o delegado Rubens Melo, que investiga o caso, a polícia tenta descobrir se os ferimentos foram causados após ou antes da morte do animal. Mesmo assim, segundo ele, há sinais de maus-tratos no cavalo antes de morrer.
"Se o animal morreu de cansaço já aconteceu os maus-tratos. Mas é importante saber se ele já estava morto ou não”, disse o delegado.
De acordo com a investigação, o cavalo pode ter percorrido cerca de 14 quilômetros em trajeto com muitas subidas, antes da mutilação e morte.
Em depoimento, Andrey revelou que contou com a ajuda de amigo da família para retirar o animal da estrada. O animal foi preso em uma corda e arrastado por um carro por cerca de 760 metros, para ser jogado em uma vala.
Testemunha.
O amigo de Andrey declarou ter visto o primeiro golpe desferido no cavalo, mas que virou o rosto, passando mal e sem saber se outros golpes foram aplicados. Temendo a reação do jovem armado, ele disse não ter pedido ajuda imediatamente.
Minutos depois, conseguiu auxílio de um motorista que passava pelo local e o levou até a casa do investigado, onde ele contou a situação para o pai do amigo.
O caso repercutiu nas redes sociais e chamou a atenção de famosos com milhões de seguidores, como a cantora Ana Castela, a ativista Luisa Mell e a atriz Paolla Oliveira. Elas saíram em defesa do cavalo e cobraram a prisão de Andrey, que foi chamado de “verme”.
O caso segue em investigação na Delegacia de Bananal, que deverá apurar as circunstâncias do crime e a eventual responsabilização do investigado.
Em nota, a SSP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo) confirmou a investigação. “Um homem de 21 anos é investigado por praticar abuso a um animal, ocorrido na tarde do sábado (16), em uma área rural de Bananal. O investigado e uma testemunha compareceram à delegacia nesta segunda-feira (18), prestaram depoimento e foram liberados. Diligências prosseguem visando o devido esclarecimento dos fatos”, informou a pasta.
A mobilização de artistas e ativistas ampliou a pressão popular para que haja punição exemplar aos envolvidos, fortalecendo o debate sobre maus-tratos a animais no Brasil.
Comentários
1 Comentários
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Sandra Lima 20/08/2025Independente se estava morto ou não, isso mostra apenas indícios de que o animal estava sofrendo maus tratos a tempos, caiu por exaustão, inaceitável.