Após mandar soltá-lo, a Justiça voltou atrás e determinou a prisão de Alessandro Neves dos Santos, de 24 anos, que confessou à polícia ter matado Sarah Picolotto dos Santos Grego, de 20 anos, e enterrado o corpo da jovem perto de uma cachoeira de Ubatuba. O crime ocorreu na noite do dia 10 de agosto e chocou o país.
A prisão temporária foi decretada nesta terça-feira (19), após recurso do Ministério Público. No entanto, até o momento, Alessandro não foi encontrado pela polícia.
O corpo de Sarah foi encontrado na última sexta-feira (15), quando Alessandro se apresentou à polícia, confessou o assassinato e levou os policiais ao local em que havia escondido o corpo, no bairro Rio Escuro. A jovem teria sido vítima de estupro coletivo, por cinco homens, antes de ser morta, segundo o relato do assassino confesso.
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No entanto, mesmo com o pedido da polícia e do MP, a 2ª Vara de Ubatuba, na sexta-feira, decidiu liberar Alessandro, alegando que ele "não representava uma ameaça". A decisão revoltou a família da jovem e entidades de defesa da mulher.
Após o sepultamento da jovem, no domingo (17), os pais dela se manifestaram com duras críticas à decisão da Justiça. Nas redes sociais, os pais compartilharam fotos de Alessandro e cobraram justiça.
“Coitadinho dele, né. Ele colaborou com a polícia, levou os investigadores até o local que ele assassinou, abusou, enforcou e ocultou o corpo da minha filha. Parabéns à juíza do caso. Se fosse a sua filha?”, questionou a mãe da vítima, Tânia Picolotto.
Agora, nesta terça, a Justiça decretou a prisão temporária de Alessandro. Não está descartada, dependendo das investigações, que a prisão seja transformada em preventiva (prisão por tempo indeterminado).
O crime.
Sarah estava desaparecida desde 9 de agosto e foi encontrada morta na última sexta-feira (15), enterrada em uma área de mata próxima a uma cachoeira no bairro Rio Escuro, em Ubatuba.
O acusado confessou o assassinato e levou a polícia até o local do corpo. Em depoimento, disse que Sarah havia sido estuprada por cinco homens em uma adega, crime que teria sido filmado. Segundo ele, a jovem foi obrigada a fazer sexo oral e, em seguida, levada para a casa dele.
Após uma discussão, sob efeito de drogas e álcool, Alessandro afirmou que a enforcou antes de enterrar o corpo.
O corpo de Sarah foi sepultado no Memorial Parque da Paz, em Jundiaí, sem velório, em uma cerimônia marcada pela comoção. Nas redes sociais, o pai publicou uma foto da filha com a frase: “Amor para a vida toda. Guardaremos para sempre o amor e as memórias que ela nos deixou”.
Os pais de Sarah, abalados pela perda da filha, seguem em busca de justiça: “Esse monstro não pode ficar solto. Queremos justiça por Sarah”, reforçou o pai.