O prefeito de Taubaté, Sérgio Victor (Novo), disse que o corte de árvores em Taubaté, que causou polêmica na cidade, deu-se por “questões de segurança” e com base em laudo técnico que apontava “o risco para a população” da manutenção da árvore.
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A prefeitura cortou, no dia 7 de agosto, uma figueira centenária de 25 metros de altura na Praça da Eletro, na região central da cidade. Outras 13 árvores também foram cortadas no mesmo local. A praça será revitalizada.
A supressão estava prevista após um laudo técnico apontar a remoção por motivo de segurança, e acabou antecipada após um incêndio na semana anterior, que teria sido criminoso. O fogo causou danos ao tronco e comprometeu a estrutura de sustentação da árvore.
"A decisão foi antecipada após um incidente ocorrido na madrugada desta sexta-feira [1º], quando houve uma tentativa de atear fogo na base da árvore, utilizando um buraco existente em seu interior como foco da queima. A ação foi contida pela Defesa Civil, mas agravou ainda mais as condições estruturais do vegetal, que já apresentava riscos", informou a Prefeitura de Taubaté.
A supressão foi criticada por ambientalistas, que cobraram o replantio de árvores das mesmas espécies na região central da cidade.
“Ninguém corta uma árvore daquela feliz, né? Acho que é uma questão de segurança, é o entendimento de que aquela árvore, infelizmente, tinha o laudo técnico dizendo que era um risco para a população”, disse Sérgio, em entrevista a OVALE.
“Então, era uma decisão difícil, claro. Quem fica feliz de tirar um negócio daquele? A gente está fazendo uma revitalização do centro, da praça. Enfim, a gente chama de medida de segurança”, afirmou.
Perigo de queda.
Sérgio disse que prefere lidar com a “tristeza de ter que cortar uma árvore daquela” do que “responder se cair na cabeça de alguém, se machucar alguém”. Ele afirmou que optar pelo corte foi “uma decisão técnica”.
O prefeito de Taubaté disse que está discutindo com os secretários de Meio Ambiente, Serviços Públicos e Planejamento sobre o local onde fazer o replantio, além de um plano mais abrangente para a cidade. “A gente está discutindo para ver. A gente tem que ter um bom plano de arborização”, disse.
“O que a gente vê em Taubaté é árvore errada plantada no lugar errado. Quando chove, tem muito problema de queda de árvore, você vê em vários lugares a raiz da árvore arrebentando calçada e a rua. Então, a gente está tentando fazer um plano um pouco mais consolidado para fazer bem-feito”, afirmou.
Sérgio admitiu que a cidade precisa “ter verde” e que árvores ajudam na temperatura e na beleza da cidade. “Ajuda em tudo. Então agora é fazer bem-feito”.
“Sobre a revitalização [da praça], eu entendo a cobrança. A gente também ficou triste. Seria lindo a gente ter uma praça nova com aquela árvore maravilhosa, centenária, mas foi uma decisão de segurança.”
Praça da Eletro.
Sérgio confirmou que revitalização da Praça da Eletro está sendo custeada pela Havan, empresa que vai instalar uma loja no imóvel da Unitau (Universidade de Taubaté), que será alugado por 15 anos. A rede venceu a licitação para ocupar o espaço.
“A gente tem um decreto de doação e aí tem algumas unidades, tem alguns parceiros ajudando a gente nesse resgate da cidade. Especificamente na Eletro, vai ser a Havan que vai fazer. Não faz sentido inaugurar a loja se a praça não estiver pronta.”
A expectativa da rede é inaugurar a nova loja Havan de Taubaté em outubro, gerando 150 empregos.