Geraldo Alckmin (PSB), vice-presidente do Brasil e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, classificou como “inadmissível” a rebelião provocada por deputados federais e senadores da oposição no Congresso Nacional, que obstruíram a sessão parlamentar por quase 30 horas nessa semana.
Clique aqui para fazer parte da comunidade de OVALE no WhatsApp e receber notícias em primeira mão. E clique aqui para participar também do canal de OVALE no WhatsApp
O motim ocorreu um dia após o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, decretar a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na última segunda-feira (4).
“Olha, eu vejo como inadmissível. O parlamento é a casa de todos. O executivo é de quem ganhou a eleição. O legislativo é de todos, participa quem ganhou, quem perdeu, é o pulmão da democracia”, disse Alckmin.
“Então, não tem sentido que, se você não gostou de uma decisão, que, aliás, é do Judiciário, você impedir a casa de funcionar”, completou.
Alckmin citou o exemplo do presidente americano Franklin Roosevelt (1882-1945) que, em 1937, após uma decisão contrária no Judiciário, tentou aumentar o número de ministros na Suprema Corte americana de 9 para 15, para ter maioria e influenciar as decisões.
“O que aconteceu? O Congresso não aprovou. E até hoje são nove ministros da Suprema Corte americana. Então, o presidente dos Estados Unidos foi contrariado pelo judiciário, tentou mudar pelo legislativo, que também não aprovou. Isso é democracia, isso é estado de direito. No estado de direito, os poderes são separados, independentes e é bom que seja assim. Não pode haver poder absoluto”, completou.