A prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), vai ser comemorada em um estabelecimento em São José dos Campos.
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O Armazém do Campo, vinculado ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), anunciou pelas redes sociais um evento para festejar a prisão. A festa está marcada para sábado, 9 de agosto, a partir do meio-dia.
“Vamos celebrar neste sábado, 09 de agosto, a partir de meio-dia, no Armazém do Campo!”, diz a publicação, com tom irônico ao afirmar que “a expectativa é grande para o momento em que ele finalmente fará sua estreia na Papuda”.
A postagem recebeu apoio de seguidores, com mensagens como “A melhor festa, muitas comemorações” e “Vou festejar o seu sofrer”, refletindo o clima de oposição política ao ex-presidente entre os frequentadores do espaço.
O Armazém do Campo é vinculado MST e costuma promover eventos culturais, debates e ações ligadas a pautas sociais e políticas.
Prisão.
Com o Brasil polarizado, o clima foi de comemoração e de revolta nas redes sociais nesta segunda, após a decisão do ministro Alexandre de Moraes.
A medida inclui proibição de visitas e apreensão de celulares, um dos quais foi recolhido durante ação da Polícia Federal na residência de Bolsonaro.
A decisão foi motivada, segundo Moraes, pelo descumprimento de medidas cautelares, especialmente o uso indireto de redes sociais por meio de aliados e familiares, entre eles, os três filhos parlamentares do ex-presidente. O ministro afirmou que Bolsonaro teria utilizado esses perfis para divulgar mensagens de incitação a ataques ao STF e de apoio à intervenção estrangeira no Judiciário brasileiro.
Um dos episódios citados por Moraes foi a postagem do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), publicada no domingo (3), com conteúdo de apoio a manifestações favoráveis ao pai. A publicação foi posteriormente apagada. "O flagrante desrespeito às medidas cautelares foi tão óbvio que, repita-se, o próprio filho do réu [...] decidiu remover a postagem", escreveu o ministro.
A defesa do ex-presidente, por sua vez, contestou a decisão, afirmando que Bolsonaro não violou nenhuma das restrições impostas anteriormente. “A defesa foi surpreendida com a decretação de prisão domiciliar, tendo em vista que o ex-presidente Jair Bolsonaro não descumpriu qualquer medida”, declararam os advogados.
