Um grave acidente na rodovia Presidente Dutra em São José dos Campos resultou na morte de um jovem, de 22 anos. O caso foi registrado pela Polícia Civil como “morte suspeita”. A ocorrência está sendo investigada pela 2ª Delegacia de Polícia do município.
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O acidente aconteceu na noite de sábado (2), por volta das 22h30, na altura do km 147 da Dutra, no sentido São Paulo. Segundo consta no boletim de ocorrência, o jovem foi lançado para fora do veículo após capotamento do carro que conduzia, um GM/Vectra SD Expression, de cor cinza.
A vítima chegou a ser socorrida com vida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital no dia seguinte.
O acidente foi identificado por uma equipe do Corpo de Bombeiros que seguia de São José dos Campos para Jacareí, após ser acionada para atender um incêndio residencial na cidade vizinha. Durante o deslocamento, a guarnição avistou o veículo capotado e o corpo de um homem caído na pista.
De acordo com a corporação, a vítima estava em parada cardiorrespiratória e apresentava ausência de sinais vitais. A equipe imediatamente interrompeu a ida para Jacareí e iniciou manobras de reanimação cardiopulmonar, utilizando os recursos disponíveis na viatura.
Também foi solicitado apoio da USA (Unidade de Suporte Avançado) e da Unidade de Resgate, que chegaram poucos minutos depois para dar continuidade ao atendimento.
Com o esforço conjunto das equipes de resgate, a parada cardiorrespiratória foi revertida e a vítima foi estabilizada. Em seguida, o jovem foi encaminhado ao pronto-socorro do Hospital Municipal de São José, na Vila Industrial, onde permaneceu internado até a manhã do dia seguinte.
Depoimento.
O pai do jovem compareceu à delegacia na manhã de domingo (3), para registrar a morte do filho. Segundo seu relato, o filho faleceu por volta das 9h30, menos de 12h após o acidente.
A vítima era moradora de São José dos Campos e dirigia o carro pertencente ao próprio pai no momento do acidente.
A Polícia Civil requisitou exame necroscópico para apurar oficialmente a causa da morte. Também foi solicitada perícia no veículo envolvido no acidente, com o objetivo de identificar falhas mecânicas ou outras evidências que ajudem a esclarecer a dinâmica do caso.
O boletim de ocorrência informa que o jovem havia saído de casa por volta das 20h30 com o primo, após jantarem juntos. Cerca de duas horas depois, o pai recebeu uma ligação do sobrinho informando que haviam sofrido um acidente e pedindo ajuda imediata.
Ao chegar ao local, ele encontrou o filho já em atendimento pelo resgate, sem possibilidade de contato.
Testemunha.
O primo era o único acompanhante do jovem no carro no momento do acidente, segundo o boletim. No entanto, ele não compareceu à delegacia e sua versão dos fatos ainda não foi formalmente colhida pela Polícia Civil.
A ausência da oitiva formal é considerada um ponto relevante para o andamento das investigações, especialmente pela possibilidade de que o primo possa esclarecer com mais precisão a dinâmica do acidente.
Em depoimento à polícia, o pai do jovem declarou que o filho havia consumido bebida alcoólica durante o jantar, mas em pequena quantidade, e que não parecia embriagado. A hipótese de embriaguez ao volante não foi confirmada até o momento e aguarda exames complementares para ser descartada ou comprovada.
O veículo, que trafegava na pista expressa da Dutra, teria perdido o controle ao tentar retornar para a via marginal, segundo relato preliminar feito pelo pai com base no que entendeu da ligação do sobrinho. A suspeita é de que o carro estivesse em alta velocidade, o que pode ter contribuído para o capotamento.
Embora o boletim de ocorrência tenha sido classificado como “morte suspeita”, não há, até o momento, indícios de que outro veículo tenha se envolvido na ocorrência. A polícia informou que a investigação seguirá com base nas perícias solicitadas e eventual oitiva do primo da vítima.
A classificação como “morte suspeita” é comum em casos de acidentes com vítimas fatais em que há dúvidas sobre a dinâmica do ocorrido ou ausência de testemunhas presenciais formais.
A designação permite que sejam realizadas diligências e exames periciais com o objetivo de esclarecer a real causa do óbito, antes de eventual arquivamento do caso.