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Furtos em SJC: 'Tivemos um cidadão preso 15 vezes', diz Anderson

Por Guilhermo Codazzi e Xandu Alves | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 4 min
Reprodução
Anderson Farias participa de OVALE Cast, podcast de OVALE
Anderson Farias participa de OVALE Cast, podcast de OVALE

Pesquisa OVALE revelou que a segurança pública é a segunda principal preocupação do joseense, com 20,2%, atrás apenas da saúde, com 25,9%. Na terceira e na quarta colocações estão, respectivamente, moradores de rua (12,3%) e uso de drogas (9,1%).

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Em entrevista ao OVALE Cast, podcast de OVALE, o prefeito de São José dos Campos, Anderson Farias (PSD), afirmou que o consumo de drogas e álcool por pessoas em situação de rua estão ligados à onda de furtos na cidade.

O chefe do Poder Executivo destacou que as forças de segurança pública têm feito o seu papel, mas a legislação atual dificulta o combate ao crime e favorece a impunidade.

Como exemplo, Anderson citou o caso de um criminoso que já foi pego 15 vezes praticando furtos, vivendo um ciclo de impunidade. Segundo o prefeito, o enfrentamento ao crime em São José é feito com tecnologia e integração com as forças de segurança.

Confira o trecho da entrevista de Anderson Farias ao OVALE Cast, no qual ele fala sobre furtos e pessoas em situação de rua.

Como aumentar a sensação de segurança em São José? Como combater essa questão envolvendo moradores de rua e o uso de drogas, que tem relação direta com essa preocupação da segurança e da violência?

São José, do ponto de vista da segurança, tem os menores indicadores. Furto é o único que não cai. Caiu ali 2%, 2,5%. Isso é um problema de legislação. E aí tem a ver com morador de rua. Aqueles moradores que querem estar em situação de rua. Não são pessoas que estão em situação de rua, que estão numa vulnerabilidade, que perderam seu emprego, não têm onde morar, não têm o teto, não têm onde viver com a sua família. Isso nós não temos em São José dos Campos. Se tem, não fica mais do que 24 horas nessa situação.

A gente faz o acolhimento, leva para abrigo, condição de aluguel social. Faz ali toda parte de atendimento de saúde, a parte de atendimento social. Damos todo o apoio para que essa pessoa possa voltar a ter a sua dignidade, ser colocada na sua família e ter o seu lar para poder tocar a sua vida. O que nós temos são pessoas que 99% são dependentes químicos, álcool ou droga. Tem os dois ali. Isso faz com que eles cometam furto. Até porque a nossa legislação nada acontece com quem comete furto.

O que acontece na cidade?

Entra num comércio, é preso em flagrante. Tivemos um cidadão agora, semana passada, OVALE deu essa notícia, que entrou numa barbearia. E depois ele entrou numa loja de móveis lá no Satélite. Esse cidadão foi preso 14 vezes. O dia que eu anunciei 14 vezes o secretário [de Proteção ao Cidadão], o Rafael [Silva], me corrigiu e falou: ‘Prefeito, não é 14, é 15, acabou de ser preso’. Segunda-feira dessa semana, ele acabou de ser preso, foi preso 5 horas da tarde de novo cometendo um furto. Então assim, está 15 vezes preso.

Isso é uma situação que o país está vivendo esse problema, a gente precisa fazer algo e nós estamos falando de legislação. Não podemos nem falar do Judiciário, porque o Judiciário, nesse caso, simplesmente está cumprindo a legislação. Mas isso daí traz também para nós uma grande sensação de insegurança. Então, isso é um fato.

A sensação de segurança também traz as notícias que a gente vê. A gente vê estados e outros municípios que são bem violentos. Só de nós ouvirmos essas notícias, isso também deixa a gente um pouco abalado. Isso daí mexe também. Então, isso mexe com a sensação de segurança. Tivemos um caso aqui em São José dos Campos de um latrocínio. Um roubo seguido de morte em uma residência, do mecânico. A polícia, aí é outro dado em São José dos Campos. A Polícia Civil aqui já atingiu o número de mais de 90% dos casos do ano que são solucionados. A gente está no terceiro ano consecutivo, onde mais de 90% dos casos são solucionados.

Nesse caso específico foi solucionado rapidamente. Seja da prisão dos criminosos, seja do envolvimento que tinha de uma colaboradora, de uma pessoa que trabalhava na casa, que estava envolvida também, quer dizer, foi algo que foi planejado. Então, a Polícia Civil tem dado essas respostas rápidas. Isso tem a tecnologia. Cidade bem monitorada, com câmeras, com inteligência artificial.

Veja a entrevista na íntegra aqui 

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