ELEIÇÕES

Divisão de votos ameaça representatividade de Jundiaí

Por Felipe Torezim | Jornal de Jundiaí
| Tempo de leitura: 3 min
Divulgação
Felipe, Albino, Edicarlos, Quézia, Ricardo, Danilo, Luiz Fernando e João Paulo surgem como pré-candidatos
Felipe, Albino, Edicarlos, Quézia, Ricardo, Danilo, Luiz Fernando e João Paulo surgem como pré-candidatos

A pouco mais de um ano das eleições para deputado estadual e federal, pré-candidatos de toda a Região Metropolitana de Jundiaí (RMJ) já iniciaram as articulações nos bastidores visando o pleito. Mais uma vez, o que se desenha é um quadro de disputa acirrada com vários nomes da mesma cidade ou entorno. O cenário acarreta em uma grande divisão de votos e dificulta a eleição de representantes regionais – o último foi Miguel Haddad, eleito como deputado federal em 2014 e que concluiu o mandato em 2018.

Presidente honorário do PSB e com a experiência de mais de 20 campanhas como coordenador, o professor Oswaldo José Fernandes avalia a situação como insolúvel, pois há muitos partidos buscando o seu espaço com bons candidatos, além de atingir a cláusula de barreira, também chamada de cláusula de desempenho – uma regra da legislação eleitoral brasileira que estabelece critérios mínimos de votação que partidos políticos precisam atingir para terem acesso ao fundo partidário e a tempo de propaganda gratuita no rádio e na TV.

“Além da divisão de votos na cidade, historicamente, 25 a 30% dos eleitores de Jundiaí votam em candidatos de fora. Uma alternativa para compensar essa situação é que nossos candidatos também busquem votos fora do município, seja em cidades do entorno ou até mesmo na capital. Isso pode fazer uma grande diferença. Outra opção é buscar uma dobradinha com um candidato, seja a deputado estadual ou federal, mais forte e conhecido”, avalia. “Fato é que é muito importante que a gente tenha representantes nas esferas estadual e/ou federal, pois isso facilita a vinda de emendas parlamentares para a região”, completa.

Nomes como Luiz Fernando Machado (PL) e Ricardo Benassi (PSD) são fortemente especulados como pré-candidatos a deputado federal. Já para deputado estadual, em Jundiaí, Quézia de Lucca (PL), Edicarlos Vieira (UNIÃO), Albino (NOVO) e Felipe Pinheiro (REDE) são comentados nos bastidores. Na região, o vice-prefeito de Várzea Paulista, João Paulo (PL), e o ex-prefeito de Cajamar, Danilo Joan (PSD), são projetados para a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). Nomes como Cristiano Lopes (PP), Dr. Kachan (Republicanos), Dika Xique Xique (Podemos) e Mariana Janeiro (PT) também são ventilados como possíveis pré-candidatos.

Para o presidente do diretório do PT de Jundiaí, Ederson Felipe, o “Felipão”, a pulverização de candidaturas é vista com bons olhos. “Isso mostra que Jundiaí tem novas lideranças e bastante gente querendo fazer a diferença, além de dar fim àquele cercadinho que estávamos acostumados, de sair apenas os nomes lançados pelo governo ou pela oposição”, comenta. Ele ainda confirmou que o PT terá representantes, sendo a vereadora Mariana Janeiro a mais cotada.

Para o coordenador regional do NOVO, Antonio Carlos Albino, ao mesmo tempo que dificulta o pleito, uma variedade grande de candidatos é positiva para dar opção à população. Ele ainda informou que o partido lançará candidatos próprios. “Cabe ao eleitor analisar friamente cada um, as ideias e pautas defendidas. Precisamos mudar o Brasil de uma forma estrutural, mudar o pacto federativo, defender a liberdade de expressão e a liberdade econômica. Queremos também candidatos que cumpram o mandato de quatro anos e não saiam para disputar outras eleições. Acredito que essa será uma das mais importantes eleições, pois nossa democracia está em perigo”, avalia.

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