Em entrevista a OVALE Cast, o podcast de OVALE, o prefeito Anderson Farias (PSD) falou sobre as prioridades de São José dos Campos, as áreas nas quais os moradores têm mais preocupação, como saúde, segurança e transporte.
Veja a entrevista na íntegra aqui
O mandatário também avaliou os impactos que a sobretaxa de 50% aos produtos brasileiros, anunciada pelo presidente americano Donald Trump, terá sobre a cidade, em razão do polo aeroespacial instalado no município, em especial a Embraer.
Na entrevista especial, Anderson falou sobre os projetos para ampliar a rede de atendimento em saúde, as licitações do novo sistema de transporte, os desafios com o consumo de drogas e as pessoas em situação de rua, o incentivo ao emprego e diversos outros assuntos.
Leia a seguir a entrevista completa com o prefeito de São José. Você pode acessar OVALE Cast com Anderson Farias nesse link.
O tarifaço anunciado pelo presidente norte-americano Donald Trump ameaça sobretaxar em 50% as exportações brasileiras a partir do mês de agosto. Isso afetaria diretamente São José dos Campos, em razão da Embraer e do setor aeroespacial. Como gestor da cidade, como o senhor avalia esse risco de uma guerra comercial entre os dois países?
Bom, primeiro com muita preocupação. São José dos Campos é uma cidade que tem a sua participação no estado de São Paulo. A gente pode medir até para que as pessoas possam entender melhor. Somos a quarta cidade do estado na divisão do bolo do ICMS: São Paulo capital, Guarulhos, Paulínia, que tem a maior refinaria do estado, e São José dos Campos. E não tenha dúvida que na parte de exportações a cidade de São José contribui muito. As empresas que estão aqui, como a Embraer e todo aquele cluster aeroespacial, direta ou indiretamente ligado à Embraer, que fornecem diretamente para os Estados Unidos.
Eu digo que é uma tragédia se isso acontecer. Vai fazer com que a Embraer faça mudanças de planos, quando a Embraer vive hoje um dos seus melhores momentos. A gente acompanhou nos últimos 12 meses contratos foram assinados, a Embraer num bom momento de vendas das suas aeronaves, com investimento no eVTOL, o carro voador, nas novas aeronaves, na parte [da aviação] executiva.
A Embraer é um reconhecimento mundial. Não é só mais uma empresa de São José, mas uma empresa do Brasil, uma empresa que tem a sua grande importância. Isso fará com que ela tenha que rever todo seu planejamento. Não tenho dúvida. E lembrando que ela tem linhas de montagem nos Estados Unidos.
Ela pode ter que mudar seu planejamento, ter uma transferência e uma demissão em massa, isso pode acontecer. Isso é muito preocupante. A gente fala da Embraer, mas a Embraer traz com ela muitas outras empresas, tanto as empresas de pequeno porte como de médio e grande porte. Então isso dá uma grande tragédia econômica.
É muito ruim, porque isso é relação totalmente diplomática. Eu vejo que o Trump, na minha opinião, teve uma reação através de uma ação que se teve desde a reunião do Brics, desde as manifestações de alguns presidentes, inclusive do nosso presidente do Brasil. Então, acho que foi uma relação diplomática. Eu acredito que é possível ser revisto.
Aqui em São José já reuni muitas empresas, até para a gente poder saber dos impactos. Aqui temos a Johnson & Johnson, a única planta da Johnson do mundo, a única planta global que produz todos os produtos. Temos aqui a Panasonic, que é a única planta da América Latina que produz pilha alcalina. Então, a gente tem aqui empresas que vão ser afetadas diretamente, e isso vai fazer com que elas revejam o seu planejamento.
Só do anúncio já é um grande prejuízo. Só de ter o anúncio da tarifa já tem um grande prejuízo, porque todas elas colocam o pé no freio, seguram os investimentos, quer dizer, tudo isso já tem uma paralisação. Até que isso se retome novamente, isso ainda demora. Para parar, se para rapidamente. Agora para você retomar, você retoma daqui dois, três, quatro, cinco meses se nada acontecer, se voltar atrás.
Então eu espero que essa relação comercial com o Brasil, que tem uma relação centenária com os Estados Unidos, espero que isso tenha um peso, do ponto de vista de ter uma reavaliação. Que o Brasil tenha condição de ter pessoas que possam dialogar com os Estados Unidos, nas relações comerciais, porque eu acho que há interesse dos dois lados. Os Estados Unidos também têm um grande interesse nessa relação comercial com o Brasil, mas eu não tenho dúvida, na nossa situação, de que somos a ponta mais fraca dessa história. Mas eu acredito que há uma necessidade, acredito ainda que haverá uma revisão. Haverá uma reconsideração com relação a um acordo comercial.
Acho que nessas horas, os Estados Unidos vêm demonstrando, desde que o Trump foi eleito, de fazer esse acordo. Quer dizer, eu acredito que ele faz essas manifestações para poder chamar para a mesa e fazer novas negociações, do ponto de vista de negociação comercial. Mas o que a gente não pode é levar essas questões de acordos comerciais para as questões de relações diplomáticas. Ou seja, de levar isso para lados pessoais, de levar isso para lados ideológicos. Como foi dito, quer dizer, o presidente Lula não tinha necessidade de falar algumas questões sobre a própria figura do presidente.
Nesse momento, são pessoas que têm que deixar de lado as suas ideologias e governar um país, governar os seus cidadãos, governar seu povo. E nessas horas você tem que deixar de lado e realmente fazer aquilo que é melhor para o seu país.
Prefeito, ainda nesse tema, na questão política, a medida de Trump provocou uma divisão na liderança da direita aqui no Brasil. De um lado, o bolsonarismo raiz elenca a questão da anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro, junto com essa questão da tarifa, como ponto principal. Do outro, como o governador Tarcísio de Freitas, que defende a união de esforços para atacar o problema. Qual sua avaliação dessa questão política?
Eu acho que fica muita discussão e muita retórica nessa história. Fica muita aquela questão de relação a essa anistia. Eu já vi algumas entrevistas do próprio ex-presidente Bolsonaro falando que a anistia que ele defende é para o dia 8 de janeiro, são daquelas pessoas, e não da dele. Então fica muita retórica, muita especulação. Quem fez um movimento mais certeiro foi o governador Tarcísio, de realmente sentar e por uma forma de negociação diplomática, mostrar quais são os prejuízos de ambos os lados. Não tem que levar isso para o lado político, esse assunto é muito sério. Uma coisa muito séria que impacta muito o país.
Estamos falando de emprego, de investimento, não estamos falando de futuro, mas de coisas que podem acontecer agora, em curto prazo, uma taxação dessa que entre em vigor em 1º de agosto, não tenha dúvida, em 30 dias a gente vai ter um grande reflexo, seja de demissões em massa, ou seja até de diminuição de planejamento, com diminuição de investimento. Não tem que ser do lado político, isso é um grande problema no Brasil. A gente está vivendo nos últimos anos muita politização. A política de P minúsculo, e não uma política de construção de políticas públicas.
Acho que o Tarcísio tomou uma postura correta, de chamar, de sentar ali de forma diplomática com os responsáveis, chamando a embaixada americana para poder ter um diálogo, para poder abrir pelo menos esse diálogo com o estado de São Paulo. Com a importância que o estado de São Paulo tem dentro do país, acho que tem toda essa capacidade. E acho que o Tarcísio agiu corretamente ao tomar essa atitude, aliás, ele vem fazendo isso. Ele já se reuniu novamente com os empresários, do agro, até para saber quais são os impactos e como que podemos, todos juntos, trabalhar de uma forma para poder reverter essa situação.
OVALE realizou, dentro do projeto Vox Populi, uma pesquisa de avaliação do início desse novo mandato do senhor, publicado em abril. A pesquisa trouxe uma aprovação de 76,5% dos joseenses e uma reprovação de 18,3%. Como é que o senhor recebe esse resultado?
Olha, eu recebo com muita alegria essa aprovação. Lógico que isso me dá muito mais responsabilidade. O ideal é você ter 100%, mas isso seria um grande equívoco como um gestor público, porque a gente não consegue agradar a todos, mas aí tem que fazer um bom trabalho. Eu acho que mesmo quando você não há a aprovação [total], essa pessoa tem uma condição de aprovar a cidade, de aprovar que a cidade está indo pelo caminho certo, de aprovar que as políticas públicas que estão sendo implementadas são positivas. Aprovar que os recursos financeiros daqueles impostos que são recolhidos estão retornando de certa forma com investimentos para cidade. Isso é importante. Então tem aquela avaliação que é do gestor em si, e a avaliação dos serviços, que também são avaliações muito positivas. Recebo com alegria do ponto de vista de saber que nós estamos no caminho certo.
Precisamos fazer correções, é sempre importante a gente ter essa capacidade, com todo o time, toda a prefeitura. Quando eu falo o time, eu falo desde os servidores que são concursados até os que são de confiança, os secretários, todos trabalhando na questão da inovação. Como é que a gente pode se reinventar, como é que a gente pode inovar? Até porque a cidade tem isso no seu próprio DNA. Nessa questão da tecnologia, da inovação, como é que o poder público pode fazer também, mas também possa fazer políticas públicas de fomento. É a gente fomentar para que as pessoas também tenham esse mesmo espírito. Recebo com alegria, mas com muita responsabilidade. Isso pesa para que a gente possa continuar fazendo um trabalho e ter esse reconhecimento da população.
A pesquisa mostra quais são as áreas que as pessoas mais se preocupam em São José, com saúde liderando com 25,9% e a violência em segundo, com 20,2%. Na saúde, que teve um grande destaque no plano de governo do senhor, qual é o diagnóstico, quais os principais gargalos e o remédio?
O remédio é realmente rever toda a questão das relações da tripartite da saúde, com relação à Federação, Estado e Municípios. Hoje, em São José dos Campos, a gente tem mais de 1 milhão e 80 mil de cartões do CRA (Cadastro de Regulação Ambulatorial) ativos, com pelo menos dois atendimentos por ano, ou seja, temos uma outra São José dos Campos com o endereço declarado em São José. Hoje a gente tem todos esses dados diariamente.
Hoje a UPA de Eugênio de Melo atende 28% dos seus pacientes de Caçapava, que entram com endereço declarados de Caçapava na porta de emergência e urgência da UPA. No Hospital da Vila, a gente chega ali, às vezes, em torno de quase 40% dos nossos leitos ocupados por pacientes de outras cidades, que deveriam estar no Hospital Regional. A gente atende Ubatuba, Caraguatatuba, São Sebastião, que o Hospital Regional lá no litoral deveria absorver. Tem todo esse rearranjo que tem que ser feito.
O governador Tarcísio começou, o seu governo já está mexendo nessa questão estrutural das suas diretorias regionais de saúde para que realmente faça um outro trabalho. A gente vem fazendo esse processo junto com o governo do estado, por exemplo, o AME. Nós adquirimos o prédio do AME, aqui um prédio novo para o AME, que deve começar a funcionar a partir de janeiro do ano que vem. Exatamente para a gente começar a mudar um pouco desse modelo. Hoje o AME de Taubaté, por exemplo, faz cirurgias, que o AME de São José dos Campos não faz.
E aí essas cirurgias que não são feitas pelo AME, que é de responsabilidade do Estado, estão dentro do Hospital da Vila. Então nós temos toda essa situação para nos realinharmos com relação aos atendimentos. Não tem problema nenhum atendermos as pessoas que não são de São José dos Campos, mas a gente tem que receber esses valores. O Ministério da Saúde tem que repassar esses valores.
O Hospital da Vila é uma referência em trauma. Todos os acidentes que acontecem na nossa cidade, na nossa região, temos rodovias como a SP-50, a rodovia Presidente Dutra, Tamoios, vem tudo para o Hospital da Vila. A gente não recebe. No ano passado, para ter uma ideia, nós recebemos 2,67% dos valores de convênio que são devidos para o município. Então, a gente precisa fazer muitas correções com relação aos recursos.
O município hoje investe 30% do orçamento na saúde pública. Estamos falando de mais de 1 bilhão de reais. A gente investe na saúde. A gente precisa rever toda essa divisão, que é que o SUS faz com relação a essa ser uma tripartite entre as esferas. A gente vê até pela judicialização dos processos. Até o STF agora teve um julgamento recentemente, tirando disso dos municípios que estavam pesando. São José dos Campos, em média, são R$ 20 milhões por ano que a gente investe para comprar medicamento de responsabilidade do Governo Federal que a justiça condena o município a fornecer.
Quer dizer, isso não tem lógica, tirar R$ 20 milhões do orçamento da cidade, não previsto, sem planejamento, e ter que tirar esses valores. Isso daí tem que ser revisto, eu venho revendo toda essa situação. Mas vamos continuar fazendo os investimentos, até porque saúde, a gente tem o compromisso na parte oncológica, por exemplo, a gente está hoje num prazo de no máximo 45 dias, assim que a pessoa é diagnosticada, ela já está em tratamento. O próprio Ministério da Saúde preconiza entre 70 e 65 dias, então nós estamos com o número bem baixo.
A parte cardíaca também nas parcerias que nós temos com o Pio 12, juntamente com o Hospital da Vila, fizemos o maior concurso da história da saúde com novos profissionais. E é um grande desafio contratar profissionais da área da saúde. Tivemos, por exemplo, especialidades que não veio ninguém participar, e não pode-se falar que é por salário, não pode falar que é o plano de carreira que é ruim, aí é o mercado. Fonoaudiólogo não tem no mercado. Neuro não existe, a gente fez o concurso e ninguém participou.
A gente vai achando outras soluções com parcerias, seja com as organizações sociais ou também com as clínicas privadas. Acabamos de fazer agora uma parceria com a Clínica dos Olhos, aqui em São José dos Campos. Então a gente vai fazendo um rearranjo na nossa rede com parcerias e a rede pública.
E os investimentos. Ontem abriu a licitação da maternidade, é uma nova maternidade. No ano passado, foram mais de 7.000 partos realizados no Hospital da Vila. Nós também, em média, nos últimos 4 anos, o Hospital da Vila passou a ser o único hospital SUS que faz parto. Antigamente era o Antônio da Rocha Marmo e o Hospital da Vila. . Hoje é só o Hospital da Vila.
Nós estamos com pouco mais de 2.000 m² lá de maternidade, uma nova maternidade agora, a licitação abriu dia 15. Já faz parte do Hospital da Mulher. Essa maternidade já é uma fase do próprio Hospital da Mulher. Mas temos esse grande número de partos que são realizados aqui dentro do nosso Hospital da Vila. Então, o Hospital da Vila é um hospital que a gente concentra. É o maior hospital da região, é o quinto maior hospital do estado de São Paulo, de porte 5. Todas as especialidades que nós temos lá, trauma, emergência, urgência e de especialidades. Então, a gente tem esse hospital municipal que pesa do ponto de vista financeiro.
E aí a saúde fica uma discussão. Às vezes, eu tenho gente de Caçapava elogiando a saúde de São José e o joseense, às vezes, com problema. É isso que a gente precisa, não posso deixar que isso continue acontecendo, mas isso é uma relação minha com o governo federal, com o governo do Estado que a gente precisa rever. E os investimentos vão continuar sendo feitos.
Desde o Hospital Novo na região Sul, que é uma parceria com o Santa Casa. O Clínica Sul a gente iniciou uma obra agora de ampliação de novos 82 leitos e salas de cirurgia. O Clínica Sul não faz cirurgias. Então a gente vai passar a fazer cirurgias no Hospital Clínica Sul. Isso vai aliviar o próprio Hospital da Vila. Uma nova UPA Norte também num outro prédio, um prédio novo. Hoje a UPA Norte do ponto de vista de prédio, da sua condição física, é muito ruim, um prédio muito antigo, então nós vamos ter uma nova UPA. Estamos construindo uma nova UBS lá na região do Cajuru, já está em obra, uma nova UBS na Vila Industrial. Vou licitar já esse ano uma nova UBS lá no Pinheirinho dos Palmares. Vamos transformar três ESF em UBS, Majestic, Santa Hermínia e o Cajuru. Então, assim, a gente tem esses investimentos na saúde pra gente melhorar a nossa rede.
Mas o que a gente vem trabalhando muito hoje na saúde é gestão. É para levar tecnologia pra gestão da saúde. O que é isso? A gente está mudando vários fluxos. Antigamente, um paciente que passou pela UBS e foi encaminhado para o especialista, o especialista pediu exames, certo? E aí, por alguma razão, essa pessoa atrasou 5 minutos, ela perde a sua consulta e volta lá na UBS. Hoje não mais. Medicamento hoje está transparente, todas as informações no site da prefeitura. As pessoas vão ver se está faltando medicamento. Hoje a gente tem gestão dos medicamentos. Qualquer cidadão pode entrar no site e ver qual é o estoque de medicamento na UBS de referência dele. De qualquer UBS, ele vai consultar lá. A gente tem outra dinâmica do medicamento.
Às vezes eu posso ter falta de medicamento numa unidade, mas não falta de medicamento na rede. Então a gente faz uma transferência. Pede para o paciente, às vezes, ele pode retirar na outra UBS. Nas consultas a gente começa também a fazer essa mudança. Às vezes, eu tenho vaga de consulta de ginecologista na UBS X e na UBS Y eu estou para 90 a 120 dias. Então, se eu tenho vaga aqui, nós vamos propor para o paciente para que ele possa ser atendido na UBS.
A gente vem fazendo essas mudanças com tecnologia, sistema, com inteligência artificial, fazendo todos esses relatórios, todas essas conexões de informações. Hoje a gente tem uma perda de 28% de exames que são realizados e as pessoas não vão à consulta. Estamos em média com 12% de consultas que as pessoas faltam, mas tem UBS que chega a 30%. Então, a gente vem trabalhando unidade por unidade. Hoje a gente está dando informação através do WhatsApp. Marcou a consulta, 72 horas antes a pessoa recebe a informação: ‘Olha, sexta-feira sua consulta às 10 horas da manhã. Quer cancelar? Aperte 1’. Se ela apertar 1, ela cancela. A gente já consegue chamar outro paciente. Então, a gente está trabalhando muito mais com tecnologia.
Preparos de exame, por exemplo, a gente tinha uma perda de preparo de exame de quase 30%. A pessoa chegava para fazer o exame, bebeu água, bebi, não era para beber, entendeu? Então, hoje ela recebe no WhatsApp o preparo dela, algumas horas antes. Olha, você precisa estar de jejum, precisa fazer isso. Essas ações que estamos fazendo vêm melhorando muito a eficiência.
Nós fazemos hoje 80 mil ligações por mês na saúde. A gente tinha uma perda de 20 mil a 25 mil ligações. Hoje a gente não perde mais do que 200 ligações, não mais do que 200. É outro parâmetro com relação a isso. Então a gente tem uma eficiência usando tecnologia.
A gente fala da tecnologia na saúde, é inteligência artificial, cruzar informações, dados, cuidar dessa questão dos exames. Tem pessoa, às vezes, que precisa fazer 10 exames. Quando ela vai fazer o último exame, o primeiro que ela fez venceu. Então tem que ter um cronograma. Isso tem um problema, porque eu tenho 10 exames às vezes que a pessoa precisa fazer e dos 10 exames nós estamos falando às vezes de cinco clínicas. São serviços diferentes.
Hoje tem todo um sistema de inteligência que faz com que as marcações dos exames sejam feitas de acordo para que a gente não tenha nenhuma perda de prazo da validade dos exames, e já ter marcado a consulta também. Isso está fazendo uma grande diferença. Tem uma equipe específica que trabalha lá no Parque Tecnológico, no PIT, ao lado do 156, lá onde tem a Urbam. É um ambiente só de desenvolvimento de tecnologia da prefeitura e hoje a saúde é a nossa prioridade que a gente vem trabalhando.
A segurança pública é apontada por 20,2% dos entrevistados como a preocupação maior. Eles apontam a violência como uma preocupação. De acordo com dados oficiais do governo do Estado de São Paulo, São José tem atualmente o menor número de homicídios da série histórica, que começou lá em 2001. Curioso é que a gente tem a diminuição nos índices e, ao mesmo tempo, muita gente preocupada com a questão da violência. Uma coisa são os dados de violência e outra coisa é a sensação de segurança. Como aumentar essa sensação de segurança? E também como combater essa questão envolvendo moradores de rua e o uso de drogas, que acho que tem relação direta com essa preocupação da segurança da violência?
Não tenha dúvida. Droga, morador de rua e segurança, tudo junto. São José dos Campos chegou a 3,44 homicídios por 100 mil habitantes. Nenhuma cidade no Brasil nunca atingiu esse número, cidades acima de 400 mil. Nunca nenhuma cidade. Em São José dos Campos nós chegamos. Então, do ponto de vista de relação de todos os indicadores, a gente pode pegar em homicídio, latrocínio, roubo, roubo de veículos, que tivemos queda de 86%. Há mês que a gente tem no máximo cinco veículos roubados.
Neste ano, temos três ações em que recuperamos veículos roubados que o proprietário ainda não tinha notado que tinha sido roubado. Uma moto agora foi recuperada, o proprietário nem sabia que a moto tinha sido roubada. Um carro dentro de um shopping foi roubado. Recuperamos o carro e já entregamos, e o proprietário nem sabia que o carro dele tinha sido roubado. A gente precisa trabalhar mais usando a tecnologia. O que temos de tecnologia para trabalhar na prevenção?
São José, do ponto de vista da segurança, tem os menores indicadores. Furto é o único que não cai. Caiu ali 2%, 2,5%. Isso é um problema de legislação. E aí tem a ver com morador de rua. Aqueles moradores que querem estar em situação de rua. Não são pessoas que estão em situação de rua, que estão numa vulnerabilidade, que perderam seu emprego, não tem onde morar, não tem o teto, não tem onde viver com a sua família. Isso nós não temos em São José dos Campos. Se tem, não fica mais do que 24 horas nessa situação.
A gente faz o acolhimento, leva para abrigo, condição de aluguel social. Faz ali toda parte de atendimento de saúde, a parte de atendimento social. Damos todo o apoio para que essa pessoa possa voltar a ter a sua dignidade. Colocada na sua família e ter o seu lar para poder tocar a sua vida. O que nós temos são pessoas que 99% são dependentes químicos, álcool ou droga. Tem os dois ali. Isso faz com que eles cometam furto. Até porque a nossa legislação nada acontece com quem comete furto.
Entra num comércio, é preso em flagrante. Tivemos um cidadão agora, semana passada, OVALE deu essa notícia, que entrou numa barbearia. E depois ele entrou numa loja de móveis lá no Satélite. Esse cidadão foi preso 14 vezes. O dia que eu anunciei 14 vezes o secretário [de Proteção ao Cidadão], o Rafael [Silva], me corrigiu e falou: ‘Prefeito, não é 14, é 15, acabou de ser preso’. Segunda-feira dessa semana, ele acabou de ser preso, foi preso 5 horas da tarde de novo cometendo um furto. Então assim, está 15 vezes preso.
Isso é uma situação que o país está vivendo esse problema, a gente precisa fazer algo e nós estamos falando de legislação. Não podemos nem falar do Judiciário, porque o Judiciário, nesse caso, simplesmente está cumprindo a legislação. Mas isso daí traz também para nós uma grande sensação de insegurança. Então, isso é um fato.
A sensação de segurança também traz as notícias que a gente vê. A gente vê estados e outros municípios que são bem violentos. Só de nós ouvirmos essas notícias, isso também deixa a gente um pouco abalado. Isso daí mexe também. Então, isso mexe com a sensação de segurança. Tivemos um caso aqui em São José dos Campos de um latrocínio. Um roubo seguido de morte em uma residência, do mecânico. A polícia, aí é outro dado em São José dos Campos. A Polícia Civil aqui já atingiu o número de mais de 90% dos casos do ano que são solucionados. A gente está no terceiro ano consecutivo, onde mais de 90% dos casos são solucionados.
Nesse caso específico foi solucionado rapidamente. Seja da prisão dos criminosos, seja do envolvimento que tinha de uma colaboradora, de uma pessoa que trabalhava na casa, que estava envolvida também, quer dizer, foi algo que foi planejado. Então, a Polícia Civil tem dado essas respostas rápidas. Isso tem a tecnologia. Cidade bem monitorada, com câmeras, com inteligência artificial.
Estamos licitando agora um novo processo, está em andamento esse processo, de novas câmeras, novas tecnologias. Mais inteligência nas câmeras para a gente poder melhorar ainda mais, não só do ponto de vista da segurança, mas também melhorar a sensação. Como melhorar essa sensação? Aí tem uma questão da sensação. Como a gente pode melhorar? Ruas bem iluminadas, praças bem iluminadas, vielas bem iluminadas, quer dizer, todos os espaços públicos sempre muito bem iluminados.
Nada de mato alto, sempre mato baixo. Nesses últimos dois anos, a gente fez a requalificação de mais de 100 vielas na cidade. A gente tem muitas vielas na região norte, na região leste, na região do República, na sul. Então, a gente fez todas essas requalificações. Também requalificações de praças. Rebaixamos mais de 680 postes. Ao longo dos anos, as árvores cresceram e as iluminações estão iluminando as copas. Então, a gente vem fazendo todo esse trabalho para trabalhar mesmo realmente na sensação.
E no novo processo que estamos contratando para o novo serviço de câmeras da cidade, a gente vai trabalhar muito com totens. Hoje as pessoas têm as câmeras que estão nas vias públicas. Mas as câmeras se perdem dentro do processo do que é radar, o que é semáforo, o que é placa de trânsito. Ela está ali no meio. Nós vamos ter mais totens, que é aquela coisa física. A pessoa está olhando para ele ali na calçada, na porta das escolas.
Todas as nossas escolas terão totens. Então, isso daí também vai passar uma sensação de segurança. Ele vai estar mais visível, pode inibir mais, provavelmente deva inibir mais qualquer ato que possa acontecer, que é ato criminoso.
Então, a gente vai trabalhar também muito essa questão de melhorar essa sensação de segurança.
Uma questão de segurança são as adegas. A população de São José é amplamente favorável a um cerco às adegas. Outro ponto é a questão dos acidentes com moto. Como a gente pode melhorar essas duas questões?
É uma questão da fiscalização, do combate às adegas. A outra é questão do trânsito, dos acidentes com motos. A questão das adegas a gente vem fazendo cada vez mais. A gente fez uma legislação no ano passado que apertou um pouco mais na questão das penas. Fizemos a lacração de uma adega recentemente lá na região sul e a lacração é tirar tudo que está lá dentro, apreender tudo o que está dentro da adega e fechar com parede. Essa é uma lacração. A gente fez muitas lacrações de fita, vamos dizer assim, de adesivo, mas eles eram rompidos. Havia totalmente um descumprimento.
Então, todo esse processo, tanto a prefeitura, parte de fiscalização de posturas, a nossa Guarda Municipal, Polícia Civil, Polícia Militar e o Judiciário trabalham juntos. Então, nós trabalhamos juntos nessas ações com as adegas. Todas elas são mapeadas. O coronel Alves [comandante da PM] tem todo um levantamento junto com a Polícia Civil, um levantamento de dados de que no entorno, no máximo a X metros das adegas, é aonde de fato acontecem [os crimes]. É impressionante. Vários crimes.
Não podemos generalizar com relação às adegas, mas é um fato. Então, a gente precisa combater aquelas que estão descumprindo a legislação e assim nós estamos fazendo. Temos ações semanalmente com relação à perturbação de sossego. As pessoas confundem muito perturbação de sossego que depois das 10 horas da noite precisa fazer silêncio. Não, é 24 horas por dia a perturbação de sossego. A partir das 10 horas da noite é mais restritiva. Mas a perturbação de sossego é uma questão de respeito, de convivência.
A gente vem trabalhando muito, temos equipes específicas que trabalham não só na inteligência, entre Polícia Civil, Militar e a Guarda Municipal, mas também nas ações para a gente poder realmente ter ações de fechamento de adegas. A gente faz as notificações, faz as orientações e chegamos ao ponto de fazer o fechamento. Então, isso a gente vai continuar fazendo em todas as regiões da cidade.
A Guarda Municipal ganha agora no mês de julho mais 60 novos homens e mulheres. A gente está aumentando o nosso efetivo. São 60 novos homens que estão indo para as ruas, também vai nos ajudar bastante. Também em aumentarmos os nossos efetivos, seja até no nosso efetivo da Romu, seja da GTAM, que é de motos. Tudo isso é integrado entre as polícias. Coronel Alves na Polícia Militar faz um trabalho brilhante junto com o Dr. Múcio na Polícia Civil, trabalham muito integrados. Esse é o maior diferencial aqui em São José dos Campos, é esse trabalho integrado. Que não existe eu. Somos todos juntos, força de segurança, São José Unida. Então isso daí tem um grande impacto positivo nos resultados.
O centro da cidade vai ganhar agora um novo espaço. Inauguramos na semana passada a nova UBS do centro no novo espaço muito mais amplo, onde era o antigo Fame ali na João Guilhermino, juntamente com um centro de especialidade odontológica. Aonde era a UBS ali na Coronel Monteiro, nós vamos agora fazer a companhia da Polícia Militar junto com a Guarda Municipal. Então isso vai trazer para o centro da cidade também outra sensação de mais segurança, ou seja, vamos ter homens das forças de segurança andando, trocas de turno, viaturas chegando ao centro, então você tem outra dinâmica. A companhia que cuida da região central hoje não está dentro da sua jurisdição, está no Jardim Augusta. Dessa forma, a gente traz para dentro do seu território de jurisdição e traz também, não tenha dúvida disso, não só uma sensação, mas traz uma segurança maior para o centro, que aí o centro da cidade é onde a gente tem ali o maior número de problema de furto. Onde a gente tem o maior número de concentração de usuários de drogas. E aí onde os comércios mais sofrem quando a gente fala do centro, o centro expandido, desde ali da região central da Praça Afonso Pena até a Vila Ema, Vila Adyana, onde acaba sofrendo mais. Então a gente vem fazendo esse trabalho.
E os acidentes de moto, a gente tem uma ação. O Wilker, que é o nosso vice-prefeito, vem trabalhando junto com o Mário Muniz, que é da Secretaria de Inovação, onde a gente vai dar um grande suporte de apoio para esses trabalhadores que usam a moto. A gente vai dar suporte de espaço adequado para eles ficarem, vamos organizar para eles não ficarem em calçadas, em praças. Então, a gente vai organizar, mas de contrapartida, a gente vai colocar muitas regras.
Regras do uso da moto, fiscalização da moto, escapamento aberto não vai ser permitido. Então, juntamente com os comerciantes, com as empresas de delivery também, nós vamos investir em dar uma condição melhor para eles como trabalhadores, mas também vamos exigir algumas regras. E a fiscalização com relação aos acidentes de trânsito que tem de moto. Hoje a gente vê que os acidentes são imprudências em 99% dos casos.
Tivemos um caso agora, perdemos um guarda civil municipal e um jovem do tiro de guerra, não foi em São José, foi em Jacareí, mas duas motos num cruzamento. Uma furou o farol vermelho, duas vidas ali foram perdidas. Dois jovens. Um guarda civil municipal muito jovem, pouco mais de 30 anos, e um jovem do tiro de guerra com 18 anos. Esse número vem aumentando muito. Então a gente precisa trabalhar muito na fiscalização, na questão do uso do capacete.
A gente vê muitos acidentes de moto que acontecem em que o capacete sai da cabeça. Isso só quer dizer por uma única razão: não está bem preso, não está sendo usado de forma correta. Capacete é muito sério, tem tamanho. Por isso que aqui eu tenho a relação do mototáxi, a minha contrariedade ao mototáxi é exatamente essa questão da segurança, capacete tem que ser pessoal, tem que ter o teu tamanho, isso daí é sua vida.
Você compra capinha de celular para proteger o celular e não se importa em colocar um capacete na cabeça. Então, tem uma questão de valores meio fora da coisa. A capinha você paga mais cara para não riscar o teu celular e o capacete você põe qualquer um e usa de qualquer jeito. A gente precisa ter cuidado. E fazer campanhas educativas nessa questão da utilização das motos.
A gente fala de acidente não só moto. Um país que mata mais de 35 mil pessoas por ano, eu falo mata porque 90% dos acidentes são imprudências. E quando você tem dois cometendo erros, uma imprudência, aí é um encontro fatal de realmente morte. E tem uma morte no trânsito, eu falo que é sempre uma estupidez. Porque é realmente vinculada ao comportamento da própria pessoa.
Como é que vai funcionar essa questão dos totens, prefeito? E sobre a licitação das câmeras, ela foi suspensa pelo TSE. Como é que está o processo da licitação?
Deixa eu explicar um pouquinho como é que funcionarão esses totens. O que ele vai fazer exatamente? Hoje o processo está suspenso no Tribunal de Contas, mas já encaminhamos todas as respostas. A área técnica do Tribunal de Contas já se manifestou de forma favorável com as respostas que nós encaminhamos. Os esclarecimentos que nós encaminhamos. Então, só estamos aguardando agora o conselheiro responsável dar ali a autorização para que a gente possa dar continuidade no processo. As alterações foram muito pontuais, sem trazer nenhum tipo de prejuízo do ponto de vista do serviço. São alterações que não têm nenhum impacto com relação ao modelo do serviço.
A gente republicando essa licitação, temos aí um prazo de pelo menos mais 60 dias para a gente poder concluir a licitação. Quando a gente fala de totem, a gente está aumentando muito os serviços. Desde câmeras nas viaturas, todas as viaturas da guarda terão câmeras e essas câmeras virão com inteligência, ou seja, com reconhecimento facial e leitores de placa. Então, conforme eles vão andando na rua, com uma viatura, roda, percorre milhares de quilômetros, todas as viaturas nas ruas, elas vão fazendo todas essas leituras e mandando informação para o CSI. O policial na viatura não recebe a informação se ele passar por algo e aquela câmera captar. Mas a central do CSI recebe a informação. Então, nós vamos ter aí mais 62 câmeras nas ruas andando 24 horas por dia em movimento.
O nosso sistema de transporte público também vem com câmeras, isso está ligado ao processo da licitação do transporte público, dos ônibus, eles também vêm com câmeras, câmera frontal, também para a gente poder ter toda a parte de imagens ali com inteligência nos ônibus que andam por toda a cidade.
Os totens são outra tecnologia. Os totens são postes mais baixos. São postes que você têm tanto câmeras com inteligência, com reconhecimento facial e botões de comunicação. Então, você vai poder apertar um botão e se comunicar diretamente com o CSI, 24 horas por dia, para poder fazer algum chamado, fazer algum alerta. São 215 totens, teremos na porta de todas as escolas e unidades da Fundhas. Então isso daí a gente tem tanto na segurança das escolas, ampliando e aumentando a segurança das escolas, mas também no entorno das escolas. Temos 215 prédios de unidades escolares, entre escolas de fundamental e creche e unidades da Fundhas. Então todas elas terão esses totens. E nas regiões mais comerciais também teremos totens, que é aquela questão da sensação. Hoje o poste está bem alto, está lá no alto, estamos fiscalizando. O que a gente vai fazer é baixá-lo.
Fazer que aquela câmera fique um pouco mais baixa, mais visível de um poste que esteja encapado com informações da cidade, São José Unida, cidade segura, policial virtual. Qualquer algo que chame a atenção para que ele possa inibir, mas que também ele possa ficar ali mais presente. A pessoa possa vê-lo e realmente dar aquela sensação de segurança. Então, o totem , não é só um poste. Ele é algo que está encapado. Tem algumas informações, 153, 190, com informações ali para o usuário, mas você tem uma câmera naquele totem ali. Então, nós vamos ter totens, por exemplo, onde nós vamos ter os carregadores do carro elétrico. Vai ter o poste de iluminação, vai ter o Wi-Fi naquele poste, vai ter a câmera e vai ter o botão de pânico. Então, nós vamos ter ali um poste de serviços. Na região central, por exemplo, do lado do Mercadão vai ter esse poste, é um poste de serviço. A gente já tem o posto de carregamento de carro elétrico, nós vamos unir tudo num único totem em alguns locais.
Sobre o transporte público, há previsão de quando serão feitas as duas licitações para escolher a operadora do sistema e a questão da parte financeira? E em setembro os ônibus elétricos começarão a operar?
A gente vai tentar fazer dentro do prazo até setembro, mas não é algo que eu tenho a obrigatoriedade, até porque a gente tem de setembro desse ano até setembro do ano que vem. A gente vai ter que caminhar com as empresas que hoje estão aí, até para a gente poder fazer a substituição dos carros. Se eu tiver a empresa da prestação de serviço, eu não vou ter os ônibus, certo? Porque os ônibus vão chegar durante o período de 1 ano. Então nós vamos ter que alugar os ônibus nas empresas atuais ou trazer outros ônibus, de alguma forma, mas a gente tem que achar a solução do ônibus.
Nesse processo a gente vai trabalhar concomitantemente, trabalhando ali dentro dos prazos. Lógico que o ideal, e é isso que nós estamos trabalhando, para ter já tudo isso antes e resolver só o problema dos ônibus, ou seja, alugar os ônibus, por exemplo, das empresas que estão operando hoje, esses ônibus ficam aqui, a gente os remunera e conforme os elétricos forem chegando e a gente for substituindo, vai se devolvendo, então a gente tem todo esse planejamento.
A questão da operação a gente está fazendo alguns estudos, a gente tem que voltar para o mercado, seja desde a manifestação de interesse, de modelo, então é um modelo onde a gente está fazendo o estudo da operação com pátios e carregamento, onde a operação pode explorar o pátio de carregamento. Se nós estamos falando em 10 pátios, são duas garagens e oito locais na cidade. O que é o explorar? É a própria empresa montar o pátio, colocar os carregadores e poder explorar o pátio.
O que a gente quer agora é fazer com que esses pátios também possam permitir que o privado possa abastecer. É uma forma de a gente fomentar também essa falta de infraestrutura que se tem hoje no país, e aqui na cidade a gente teria entrando nessa infraestrutura para que o privado possa usar. O que é o privado? Seja um carro pequeno, um caminhão.
Nós temos o Correio e tudo isso que aconteceu quando eu fui visitar o Correio, que tem 20 vans que estavam paradas porque não tinha infraestrutura para abastecer. Hoje eles têm, colocaram carregadores dentro das suas garagens. Nós temos empresa de cerveja aqui em São José dos Campos que tem caminhões parados, porque não consegue colocar os caminhões nas ruas por falta de infraestrutura [de abastecimento elétrico].
Então, qual que é a ideia? Nós temos dois pátios de carregamento às margens da Dutra, um no sentido São Paulo e outro no Rio. Mais seis pátios de carregamento na cidade e as duas garagens. Então o que nós estamos fazendo agora é que a gente voltou para o mercado para fazer uma consulta se isso é viável, nós unirmos operação com pátios de carregamento ou até fazer separado. A gente continua no projeto de fazer a contratação de uma empresa para operar o sistema e os pátios a gente faz uma PPP. Investimento do privado com exploração.
O município garante a compra da energia por 15 anos para abastecer os ônibus. Eles têm que garantir para nós que os ônibus vão chegar ali para fazer o carregamento e estará livre. Mas ele vai poder explorar. Como que ele vai poder explorar? Vendendo energia para a iniciativa privada. Dessa forma a gente dá uma infraestrutura para poder fomentar a questão da eletrificação da frota, da frota como um todo. Ele vai poder explorar montando uma loja de conveniência, montando um lava-rápido, enfim, um café, ele pode explorar da forma como ele quiser. Isso diminui os custos do município. A gente pode pagar mais barato, com certeza pagaremos mais barato pela energia, porque tem uma exploração. E também por 15 anos a gente garante essa compra de uma energia mais barata.
Eu acho que a gente precisa fazer dessa forma, se for o município construir, juridicamente eu tenho um problema para poder fazer, colocar recurso público e depois permitir o privado, mas uma parceria público-privada faz com que o município não coloque os recursos de imediato, de infraestrutura, mas tem como contrapartida do privado fazer os investimentos e o município se utilizar com um preço muito melhor, muito mais barato para poder abastecer os carros.
E o financeiro a gente tem até setembro do ano que vem. Inicialmente a Urbam que vai captar. A gente faz agora nos próximos dias até setembro, a gente faz uma intervenção administrativa. Não é uma intervenção judicial, é uma intervenção administrativa no Consórcio 123, que faz a operação de câmera de compensação do sistema de transporte público. Então agora a gente já tem o decreto pronto, aplicado e a gente faz essa intervenção. Nós vamos participar do Consórcio 123, aí a gente começa a fazer toda a transição tarifária e financeira já para a própria Urbam, através do Consórcio.
Nesse contexto dessas mudanças, desses estudos, existe uma estimativa? O senhor tem uma previsão de quando essa segunda licitação deve ser colocada?
A gente vai publicar ela agora para agosto. A gente fez agora as manifestações de interesse. Quatro empresas fizeram a sua manifestação. A Veg fez a sua manifestação agora por último. A Veg é uma grande empresa, aliás, uma empresa nacional, uma empresa multinacional nacional. Uma grande empresa. Os motores dos veículos e as baterias que devem vir talvez serão com a Veg, que já é a parceira hoje da empresa Eletra, que tem hoje 400 ônibus elétricos no Brasil já rodando. Só São José vai ter 400 ônibus, então você vê que nós vamos ter o mesmo número do que no Brasil tem de ônibus elétricos. Eu estou falando só dos ônibus elétricos da Eletra, que tem motores Veg, baterias Veg.
Então eles fizeram a manifestação agora também com relação ao interesse ou não de ter um pátio, deles construírem o pátio, deles terem todos os equipamentos deles. A gente está finalizando essa consulta, agora a gente faz a licitação, por isso o mês de agosto, acho que é o mês aí que a gente consegue já publicar.
Como é que entra a questão da fazenda fotovoltaica contratada pela prefeitura? Não era a fazenda que iria fornecer energia para os ônibus?
Na conta que nós temos agora dessa utilização dos espaços, a gente fica com uma energia no mesmo preço da fazenda fotovoltaica. A gente não precisaria usar. Se necessário for, a gente vai usar. Hoje a gente tem três fontes de consumo de energia, fazenda fotovoltaica, que gera 3,5 MW, que é o suficiente para a gente abastecer o sistema. Temos o aterro sanitário com o biogás, que gera 1,6 MW, não é suficiente. Mas nós temos também a compra do mercado livre. A prefeitura já fez uma licitação em 2023, onde a gente tem um contrato de compra de energia no mercado livre. O que é isso? É comprar no mercado o preço melhor, o menor preço. É toda hora participar de um leilão para comprar energia no menor preço. Então, a gente tem essas três fontes. Com essa fonte de fazermos com os pátios, nós compramos a energia com preço barato, a gente vai ter uma energia no mesmo preço da fazenda fotovoltaica. Para nós fica bem equilibrado o preço. Se não for, a gente pode trazer da própria fazenda fotovoltaica.
A Prefeitura de São José fez um pedido ao Governo Federal solicitando autorização para termos uma nova fonte de geração de energia limpa. Por quê? A legislação do país permite por CNPJ no máximo 5 mega watts. Passando de 5, você paga uma taxa de uso da rede. Você pagando a taxa, não compensa mais você ter a geração de energia limpa.
Eles fazem isso para poder equilibrar o mercado, até por causa das concessões de empresas que fazem geração de energia, aqui em São José é a EDP. Mas eu solicitei ao Governo Federal uma autorização para a gente ter mais uma fazenda ou qualquer outra fonte de energia limpa, para que seja exclusiva para abastecer o sistema do transporte público. Se isso acontecer, nada impede dos pátios serem da iniciativa privada e nós colocarmos a energia do município lá dentro, entendeu? Transferir a energia do município. A energia que o município compra para dentro dos pátios. Então isso não inviabiliza. O bom é que a gente vai ter várias fontes para que a gente realmente possa comprar de forma melhor e com menor preço.
Ainda nesta área, o Ministério Público instaurou inquérito para acompanhar a execução do contrato entre a Urbam e a Green Energy, para a locação de 400 ônibus elétricos para o transporte público de São José dos Campos. Como o senhor avalia essa medida?
Esse acompanhamento é bom, do Ministério Público. Mas na justificativa dele, eu acho que se equivocou. Falou que vai acompanhar porque os valores são muito altos. São fora do da realidade. Então, tem um equívoco grande. Se fosse uma concessão do modelo de sistema, uma concessão no modelo tradicional, o valor do contrato seria em torno de R$ 6 bilhões. Então ele está equivocado, nós estamos falando de R$ 2,8 bilhões só na locação dos carros. Então, eu acho que a justificativa foi equivocada com questões dos valores, chama a atenção. Se fosse concessão, seriam três vezes maiores os valores do contrato.
Mas é bom que tenha o acompanhamento, até para que realmente a gente dê todas as informações e fique transparente o máximo possível. Todas as informações e estudos do transporte público sempre são divididos com o Tribunal de Contas, a gente divide com o Tribunal de Contas. É um processo novo do ponto de vista do modelo jurídico. Então, tem muito estudo com relação a essas questões.
Os riscos são muito bem colocados e calculados, até porque a gente não pode ter risco de prejuízo ao erário público. Então, o estudo é colocado sempre com muito cuidado. A gente tem aqui um corredor hoje que funciona já há 2 anos. Vai fazer 2 anos agora, o corredor da linha verde. Nós temos ali um grande banco de dados com informações dos carros que hoje rodam na linha verde. A questão do levantamento de custo, quanto que o nosso sistema vai ganhar do ponto de vista de redução de manutenção, do ponto de vista do combustível, o diesel cada vez mais um preço muito alto. O que pesa no sistema de transporte público? Diesel e mão de obra. Os dois itens que pesa muito no sistema de transportes.
Prefeito, sobre o Arco da Inovação. O STF atestou em maio o trânsito em julgado do processo em que o Ministério Público contestou a eficácia da obra. A decisão faz com que a prefeitura tenha que fazer um pacote de intervenções viárias na região. Como o senhor avalia essa decisão?
O STF não avaliou nada. Ele não atestou nada, ele não fez nenhuma análise. O que a gente queria é que ele fizesse isso, mas ele não fez, não aceitou o processo. Simplesmente disse assim: ‘Ó, não é aqui, não cabe que eu julgue alguma coisa aqui. Quem tem que julgar é o TJ’. Foi isso que ele fez. Então ele nem olhou. O que nós queríamos é que ele olhasse. Aliás, nós levamos o processo ao STF para que o STF pudesse avaliar o processo. Ele não avaliou. A gente não pode dizer que o STF avaliou, julgou, falou se está errado ou está certo, ele nem olhou, nem quis, não acatou o processo. A gente tentou por duas vezes.
O que a gente queria era levar para uma instância superior, mas não conseguimos por enquanto. Então, ficou na decisão do TJ de que tem que fazer. Quem diz que tem que fazer é o Ministério Público. Então, se ele diz que tem que fazer, ele tem de dizer o que tem que fazer. Se um perito que ele contratou, que não mora em São José, não conhece São José, é de uma universidade que não é de São José, não é nem da região, vem falar que está errado, então diga para mim o que tem que fazer para consertar. É essa que é a resposta.
É isso que eu vou mandar para o Ministério Público, perguntar ao Ministério Público o que eu tenho que fazer. Se eu não tenho capacidade e eficiência para fazer uma ponte, eu preciso saber o que eu preciso corrigir nela, porque para mim não tem nada errado. Então assim, o trânsito se movimenta, a cidade cresce. Aliás, o Ministério Público, no processo dele, falou que em 2025 a ponte estava saturada. Estou esperando, estamos em julho. Faltam 6 meses para a gente saturar a ponte. Então assim, muita desinformação. Além de tudo, mexe com números.
A frota de hoje é 12% maior do que a frota de anos atrás. Quando a ponte começou a fazer, o Uber tinha 500 carros na rua, hoje tem 2.000 na rua. Aliás, o Uber é um grande contribuinte de veículos na rua. A Uber trouxe moto, então, quer dizer, tudo isso teve esse contribuição de trânsito na rua. Então, a cidade cresce, tem vários movimentos que a gente faz. Quando eu não tinha o viaduto Talim, eu não tinha problema com o Colinas. O pessoal saía do Satélite, da região Sul, que é a maior região da cidade, por semáforo, lembram? Para sair do Satélite. Quando fez o Talim, ficou com problema embaixo da Dutra, porque era estreito. Quando a gente alargou a Dutra, passou mais carro, chegou no Colinas mais rápido. Quer dizer, é um processo da cidade que vai se mexer. Então, a minha pergunta, aliás, e vamos notificar o Ministério Público desta forma, perguntando a ele o que é necessário fazer. Já que a decisão dele foi acatada pelo Judiciário de que está errado, então o que é que tem que fazer para corrigir? Então assim, acho um grande equívoco.
Temos agora um grande empreendimento sendo construído na região do Aquarius. Isso vai trazer obras de contrapartida, duplicação de Via Oeste, encaixe da João Batista Ortiz, duplicação de Cassiano Ricardo. Você tem várias ações para serem feitas nesse projeto, conforme a cidade vai crescendo.
O senhor enviou à Câmara um projeto que prevê a criação da loteria municipal joseense. Como isso vai funcionar prefeito?
Olha, a loteria foi feita a regulamentação no país, com relação às loterias municipais. Antes era só o Governo Federal que podia, que tinha essa permissão para fazer através das casas lotéricas. Passou hoje uma permissão, uma regulamentação através de lei, para os estados e para os municípios. Então, a gente quer fazer em São José dos Campos até para a gente poder manter todo esse tipo de serviço. Tem uma lei que autoriza o município, está na Câmara Municipal, a lei para autorizar e a gente vai fazer a regulamentação desses jogos. Dessa forma a gente consegue manter no município.
Se não fizermos o Estado já fez. Ele vai vender no município. Vai ficar com seus impostos, vai ficar com os prêmios, vai ficar com os impostos. Se não fizermos, a cidade vizinha já fez. Vai gente jogar. Então assim, é termos aqui o nosso jogo, o jogo de São José dos Campos. Sem entrar no mérito da questão do azar, se é bom ou não, ele está regulamentado no país. O país autorizou esse tipo de jogo. É para a cidade também ter essa regulamentação, até para a gente poder ter uma regra, uma regulamentação.
E se caso tivermos, para que esses jogos sejam feitos com as loterias do município. Isso faz com que os impostos também fiquem no município. A gente é uma federação que imputa aos municípios cada vez mais responsabilidades com menos repasse de recursos financeiros. Só para a gente não perder oportunidades, porque aquela história, se não fizermos, as cidades vizinhas vão fazer como algumas já fizeram. O próprio Estado já fez.
Ele já está em processo, aliás, da contratação de uma empresa. Então, quando o Estado tiver também, quer dizer, vai ter os jogos. Então, é só pra gente poder entrar nesse mercado também e ter a nossa concorrência, para o município de São José não ficar de fora desse processo.
O modelo é ter uma rede de lotéricas municipais, por exemplo, ou usar a rede federal de lotéricas?
Pode ter uma nova rede. É permitido abrir uma nova rede. Então, é permitido você abrir novos pontos também. Não só a lotérica, essa que é um grande diferencial. Lógico que são serviços e nem todos os serviços a municipal vai poder fazer, certo? Mas você pode abrir outros pontos também, isso é bom. Você tem outros pontos também que você consegue colocar, abrir na cidade. Você faz uma concessão para uma empresa que vai fazer essa operação, mas você já pode fazer um planejamento de ter novos espaços em lugares que hoje não tem, por exemplo, que possa ter esse serviço.
A cidade de São José dos Campos registra 4.711 postos de trabalho abertos de janeiro a maio de 2025 e marca o 8º melhor resultado de todo o estado de São Paulo.
São José fechou os últimos 12 meses com 7.953 empregos gerados, entre junho de 2024 e maio de 2025. Qual é o novo perfil das vagas de emprego na cidade?
É variado. Hoje temos um grande problema de mão de obra, principalmente para serviços mais simples, vamos dizer assim. Se a gente pegar a rede de supermercados e padaria, todas têm vagas abertas, eu frequento padarias. Não conseguem fechar. Nos supermercados, a Apas, que é a Associação Paulista dos Supermercados, no Estado de São Paulo são 300 mil vagas. Em São José chega mais ou menos próximo a 2.000 vagas em supermercados não preenchidas. É impressionante.
Por outro lado, o PAT fecha também todos os dias há 21 meses com vagas de emprego não preenchidas. ‘Prefeito, mas as vagas que estão lá eu não tenho qualificação para isso’, alguém pode dizer. A gente qualifica você. O ano passado foram 30 mil cursos de qualificação. Esse ano já foi quase 9.000 cursos de qualificação. Qualificações SENAI, Sebrae, Senac, Cephas, que é o nosso maior centro profissionalizante, o Hélio Augusto de Souza. A qualificação a gente faz também.
O que faz com que São José tenha esses dados positivos? Mesmo dentro de todo esse quadro tem um dado positivo. A formação, essa contribuição que a gente realiza através do PAT, com essa qualificação, a gente trabalha cada vez mais próximo do empreendedor. Às vezes, o empreendedor, o comerciante, ele acha que o PAT é só para quem está desempregado. O PAT é para quem está desempregado, mas é para quem está empregado, que de repente quer ter um curso de qualificação para poder galgar um cargo melhor ou quer fazer uma outra fonte de renda, por exemplo.
É para os empreendedores usarem o PAT, para poder ir lá e falar assim: ‘Olha, preciso de uma mão de obra. Eu preciso de um garçom que fale inglês’. Tá bom, vamos qualificar um garçom e vamos qualificar ele no curso de inglês. Então, o comerciante também, o empreendedor também deve procurar o PAT, ele deve se utilizar do PAT.
Por isso que no meu plano de gestão tem a criação da casa do empreendedor. É para que fique tudo junto e os empreendedores possam olhar de uma forma diferente. Tudo dentro do mesmo ambiente: PAT, Qualifica São José, hoje a sala do empreendedor vai lá para dentro, a agência ambiental, quer dizer, todos os setores que são responsáveis por geração de emprego, por geração de investimento na cidade, estarem todos juntos para a gente poder ser o facilitador, para poder agilizar para que o empreendedor possa investir e gerar emprego e renda. O maior programa social é esse.
Hoje tem uma pessoa em São José dos Campos com uma placa na rua pedindo esmola, não é necessário. Tem vaga de emprego no PAT, entendeu? Se não tem uma, tem 400 vagas. A gente abriu a semana com 600 vagas de emprego no PAT. Falar que está desempregado, dá para arrumar um emprego lá no PAT, nem que não seja do agrado, mas às vezes a gente não pode escolher o emprego. A gente pega de forma provisória o que tem. Por isso que a gente volta com a campanha do ‘não dê esmola, dê dignidade’, ‘não dê esmola, dê cidadania’. Porque realmente, vamos indicar essas pessoas para procurar o PAT.
Essa casa do empreendedor já tem o local definido?
Ainda não. A gente está procurando A gente quer na região central da cidade. Então, é achar realmente um imóvel que atenda, mas que seja na região central da cidade, até porque é de fácil acesso para que as pessoas possam chegar.
A cidade completa 258 anos. O senhor nasceu aqui?
Não, nasci em São Paulo.
Com que idade veio para cá? Qual sua primeira lembrança de São José?
Minha primeira lembrança de São José, eu vou falar que é o Barcelona, lá no Vista Verde. Eu nasci em São Paulo, fui criado em Caraguatatuba e vim para cá com 14 anos, para São José dos Campos. Vim para cá em 1991. Então, já tem um bom período, mas lembro do Barcelona. É uma boa lembrança.
Lembro também do Chácaras Reunidas, que era de terra, porque quando eu vim para cá, eu vim pela empresa. Com 14 anos eu podia trabalhar e podia ser registrado, na época. Aí eu fui registrado e era no Chácaras Reunida. E era tudo terra. São José cresceu muito nos últimos anos.
São José constrói o melhor avião e os melhores queijos. Não é para concorrer com o mineiro não, porque com certeza o queijo é feito por mineiro aqui em São José, porque é uma cidade mineira, tem uma história muito forte com Minas. A gente faz satélite, é uma cidade muito boa.
Comentários
1 Comentários
-
Octavio Augusto Ferraz de Camargo Coelho 28/07/2025Falar ate papagaio fala...fala muito e nada faz ! Exceto aumentar valor de licitações de obras e atraso frequente das mesmas. Ah, quanto ao povo em situação de rua e drogados não podemos esquecer de sua conivenvia e apoio ao vice governador à \" importação\" dos nóias da cracolandia de SP... Parabens ! Nota zero com louvor!