A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, se pronunciou nesta sexta-feira (18) contra a decisão dos Estados Unidos de revogar os vistos de entrada no país de oito ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A medida, anunciada por Marco Rubio, ex-secretário de Estado do governo Trump, atingiu Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Cármen Lúcia, Edson Fachin e Gilmar Mendes.
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A ministra classificou a decisão como uma “afronta” ao Poder Judiciário brasileiro e à soberania nacional. Segundo Gleisi, trata-se de uma retaliação “agressiva e mesquinha” que, em sua visão, revela os bastidores de uma conspiração internacional articulada por Jair Bolsonaro e seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
“Essa retaliação agressiva e mesquinha a uma decisão do Tribunal expõe o nível degradante da conspiração de Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo Bolsonaro contra o nosso país. Não se envergonham do vexame internacional que provocaram no desespero de escapar da Justiça e da punição pelos crimes que cometeram”, afirmou a ministra por meio de uma publicação.
Gleisi também destacou que, apesar das pressões, a Suprema Corte brasileira segue atuando com independência. “Ao contrário do que planejaram, a Suprema Corte do Brasil se engrandece nesse momento, cumprindo o devido processo legal, defendendo a Constituição e o Direito, sem jamais terem se dobrado a sanções e ameaças de quem quer que seja”, declarou.
Ela encerrou o posicionamento afirmando que “o Brasil está com a Justiça, não com os traidores” e que o país “é do povo brasileiro”.
Até o momento, o STF ainda não comentou oficialmente sobre a medida adotada pelo governo norte-americano.