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Investigado por estelionato, casal é preso por fraude na região

Por Da redação | Caraguatatuba
| Tempo de leitura: 3 min
Divulgação/PC
Operação da Polícia Civil na autoescola em Caraguatatuba
Operação da Polícia Civil na autoescola em Caraguatatuba

Investigado por estelionato, um casal dono de colégio e de uma autoescola na região foi preso pela Polícia Civil após fraude com a prática de “aula fantasma” para a retirada de CNH (Carteira Nacional de Habilitação). A prisão ocorreu na quinta-feira (17), em ação conjunta entre a Polícia Civil e o Detran-SP.

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Também foram presos outros dois homens e apreendidos dois veículos, seis celulares e diversos computadores usados para cadastro de digitais e controles de supostas aulas teóricas e práticas da autoescola.

Segundo a polícia, o casal – homem de 45 anos e mulher de 36 anos – foi preso em flagrante na Auto Escola Indaiá, de propriedade do casal, instalada dentro de um posto de gasolina no centro de Caraguatatuba.

A polícia informou que o casal também é proprietário do Colégio Gemini e que está envolvido em “investigação de estelionato, em que mais de 30 pais de crianças acusam o casal de estelionato”.

“Os alunos foram rematriculados no início do ano, mas o colégio foi fechado sem autorização do órgão competente (Diretoria de Ensino de Caraguatatuba) e não houve devolução do dinheiro aos pais na época”, informou a polícia.

Operação.

Em operação contra crimes praticados por autoescolas, a polícia e o Detran fizeram uma fiscalização surpresa na Auto Escola Indaiá e puderam “constatar a prática da chamada ‘aula fantasma’ pela empresa do casal”, disse a polícia.

Durante a fiscalização, houve acompanhamento online dos dados que eram inseridos pela autoescola no sistema do Detran, sendo que a empresa informou o modelo de veículo que seria usado na aula prática de direção.

No entanto, no momento em que os fiscais do Detran acompanhavam a movimentação no local, puderam observar que não estava sendo usado nenhum veículo.

Pelo contrário: o aluno colocou sua digital na autoescola para marcar seu comparecimento na falsa aula prática de direção, mas depois foi a pé e não entrou em nenhum veículo. O instrutor também colocou sua digital para burlar o sistema, segundo a polícia, e foi para outro rumo.

Ainda pela manhã, foi observado que o proprietário da autoescola inseriu no sistema de dados que seria o professor da aula teórica, cuja presença é obrigatória dentro da sala para ministrar aulas aos alunos. A operação flagrou o proprietário saindo da autoescola no meio da aula, deixando os alunos assistindo vídeos.

O instrutor confessou a irregularidade bem como o aluno. A mulher proprietária preferiu ficar em silêncio no interrogatório, enquanto seu marido entrou em diversas contradições.

Propina.

Uma vítima do casal prestou depoimento e informou que o casal oferecia a garantia de aprovação dos alunos nos exames mediante o pagamento de propina. A polícia informou que áudios reveladores mostram o próprio dono da autoescola confessando que fazia a prova teoria dos alunos que pagassem a propina.

A investigação da Polícia Civil também visa identificar candidatos que foram beneficiados pelo esquema. O Detran informou que os candidatos que pagaram propina para serem aprovados no exame teórico e prático para motorista podem perder a CNH.

A Polícia Civil informou que o casal e o instrutor responderão pelos crimes mais graves, como a inserção de dados falsos em bancos de dados da Administração Pública, associação criminosa e corrupção passiva, já que os proprietários de autoescola e seus instrutores prestam serviço como agentes de delegação pelo Estado em favor da autarquia estadual Detran. O aluno, que confessou a ciência do erro e de sua conduta, responderá por falsidade ideológica.

Após a prisão em flagrante e os exames médicos legais, as quatro pessoas passarão por audiência de custódia. A defesa do casal e dos outros acusados não foi localizada para comentar o assunto. O espaço segue aberto.

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