O presidente da Embraer, Francisco Gomes Neto, admitiu pela primeira vez, nesta terça-feira (15), que o tarifaço de 50% nas exportações brasileiras, anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, poderá impactar nos empregos dos trabalhadores da fábrica com sede em São José dos Campos. E, ainda, que poderá ter uma demissão similar ao que houve na pandemia da Covid-19.
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Na oportunidade, mais de 900 empregos foram perdidos por conta da crise sanitária. Agora, como parte das exportações da empresa é feita aos Estados Unidos, o impacto na empresa será grande. “É uma situação para a Embraer muito séria”.
Gomes Neto destacou que as tarifas, se não forem revertidas, irão reduzir a produção de aeronaves. Consequentemente, isso fará com que o quadro de funcionários tenha impacto. A declaração foi dada em uma entrevista coletiva online.
Segundo ele, "Não há como remanejar encomendas de clientes norte-americanos para outros mercados". "Avião não é commodity”, afirmou.
Ainda de acordo com o presidente da Embraer, o aumento dos impostos aumentará o preço dos aviões. "O que pode acontecer: clientes da aviação comercial não quererem receber os aviões porque o valor é muito elevado e impactaria o negocio deles. Temos de negociar, mas se falarem que não querem mais receber, não poderemos produzir avião sem clientes. Talvez a gente precise desacelerar a produção".
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