A Prefeitura de Ubatuba notificou oficialmente as empresas Google Brasil e Meta (controladora do Facebook e Instagram), exigindo a exclusão imediata de publicações consideradas enganosas e prejudiciais à imagem da cidade. As mensagens, disseminadas principalmente nas redes sociais, associavam falsamente a presença de uma “bactéria necrosante” às praias do município, em especial na região do Perequê-Mirim.

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A iniciativa partiu da Secretaria Municipal de Assuntos Jurídicos, que classificou o conteúdo como alarmista e sem embasamento técnico. As postagens chegaram a afirmar que uma morte teria ocorrido após contato com água contaminada no litoral. No entanto, a prefeitura assegura que não há qualquer comprovação clínica ou laboratorial que valide a existência da bactéria.

Durante apresentação pública dos dados da saúde referentes ao primeiro quadrimestre de 2025, a Secretaria Municipal de Saúde esclareceu que o caso mencionado nas redes sociais foi apurado e não apresentou relação direta entre o óbito e exposição ao mar. A administração municipal também ressaltou que os serviços de vigilância sanitária e hospitalar seguem ativos e não identificaram qualquer ocorrência semelhante nas unidades de saúde da cidade.

Após a propagação das informações falsas, Ubatuba registrou impactos imediatos na atividade turística. Cancelamentos de reservas em hotéis e pousadas, queda nas vendas do comércio e prejuízos financeiros a profissionais autônomos e pequenos empreendedores foram constatados. O cenário foi confirmado por órgãos como a Secretaria de Turismo e o sindicato que representa o setor hoteleiro e de alimentação da cidade.

A Prefeitura determinou que as plataformas digitais retirem as postagens, publiquem nota de retratação pública e preservem os dados dos responsáveis pelos perfis, a fim de viabilizar eventuais processos civis e criminais.