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Justiça condena chefes do crime em Araçatuba

Por Guilherme Renan | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Divulgação
Quatro réus foram sentenciados a mais de 55 anos de prisão em desdobramento da Operação Ligações Perigosas; total de penas já passa de 135 anos
Quatro réus foram sentenciados a mais de 55 anos de prisão em desdobramento da Operação Ligações Perigosas; total de penas já passa de 135 anos

A 2ª Vara Criminal de Araçatuba condenou, no último dia 3, mais quatro réus investigados na Operação Ligações Perigosas. Acusados de integrar organização criminosa armada, tráfico de drogas e associação para o tráfico, os envolvidos foram sentenciados a penas que, somadas, totalizam 55 anos e 4 meses de prisão em regime fechado. Todos permanecerão presos, sem direito a recorrer em liberdade.

As investigações apontam que os quatro homens atuavam em diferentes funções dentro de uma facção criminosa com base no bairro São José, em Araçatuba. A atuação incluía tráfico de drogas, conexões com integrantes de facções como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e uso sistemático de violência para controle territorial. A venda de entorpecentes ocorria, inclusive, nas proximidades de uma escola municipal localizada em um centro cívico da cidade.

Durante diligências, um dos condenados foi flagrado com porções de cocaína e crack prontas para o comércio.

Os condenados:
•    Wellington Vieira Matos, condenado a 13 anos e 5 meses de prisão, foi identificado como responsável pelo controle da venda de drogas no ponto conhecido como “Paredão”. Além disso, mantinha contato com outras facções criminosas e participava de conflitos com o grupo rival “Esquina Maluca”.

•    Wanderson Vieira Matos, sentenciado a 14 anos, 11 meses e 20 dias, é apontado como uma das lideranças do tráfico na mesma região. Ele também teria envolvimento direto em homicídios registrados no bairro São José.

•    Hendrick Henrique de Almeida dos Santos, condenado a 9 anos, 6 meses e 10 dias, atuava como “soldado” da organização. Participava da segurança armada do grupo e estaria ligado a assassinatos relacionados à disputa por pontos de venda.

•    Carlos Eduardo da Silva, que recebeu a pena mais severa — 17 anos, 5 meses e 18 dias — era responsável pelo tráfico e pelo uso de armas de fogo durante execuções ligadas à organização criminosa.

Outras condenações

No início de julho, a Justiça já havia condenado outros sete investigados na mesma operação, com penas que variam de 4 a 18 anos, totalizando 80 anos, 6 meses e 21 dias de prisão.

Já em abril, quatro réus apontados como gerentes do tráfico na área conhecida como “Esquina Maluca” foram sentenciados a penas entre 9 anos e 2 meses e 10 anos, 1 mês e 6 dias de prisão.

Operação Ligações Perigosas

A Operação Ligações Perigosas foi deflagrada em setembro de 2024 pelo GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), com apoio da Polícia Civil e da Polícia Militar. O foco é o enfrentamento ao avanço do PCC na região de Araçatuba, especialmente sua atuação no tráfico de drogas, assassinatos e tentativas de infiltração na política local.

Desde então, dezenas de pessoas foram presas e denunciadas, e diversas áreas urbanas seguem sob monitoramento constante das forças de segurança.

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