O delegado Dr. Ícaro de Oliveira Borges, titular do 1º Distrito Policial de Birigui, falou à imprensa na manhã desta quinta-feira (10) sobre o andamento das investigações envolvendo uma professora acusada de torturar crianças em uma escola infantil da cidade. A educadora foi afastada do cargo por determinação judicial, após representação feita pela Polícia Civil.

Durante a coletiva, o delegado revelou que a professora já havia sido alvo de denúncias anteriores por maus-tratos na mesma unidade escolar. As informações apontam que crianças de quatro a cinco anos teriam sido submetidas a sofrimento físico e psicológico como forma de castigo, caracterizando o crime de tortura.

Preocupada com a gravidade do caso, a Polícia Civil solicitou o afastamento da professora e também chegou a pedir sua prisão temporária, medida que foi indeferida pela Justiça neste momento.

“As investigações continuam. Estamos ouvindo testemunhas e garantindo que as vítimas recebam o suporte necessário para evitar traumas maiores”, afirmou Dr. Ícaro Borges.

Perfil da Professora e Laços com a Gestão Municipal

Levantamentos apontam que a professora não tem filhos e já teria manifestado que não deseja ser mãe, informação considerada relevante para compor o perfil traçado pelos investigadores, embora sem impacto direto na tipificação penal.

Outro ponto que surgiu durante a apuração é que o marido da investigada ocupa um cargo de confiança na atual administração municipal. Além disso, informações extraoficiais dão conta de que a professora seria amiga pessoal da prefeita, o que teria gerado desconforto e comentários entre moradores da cidade. Até o momento, não há confirmação oficial de que esses vínculos tenham interferido nas decisões administrativas ou judiciais.

Administração silencia