CONFUSÃO

Motoboy de confusão em Caraguá quebra o silêncio

Por Jesse Nascimento | Caraguatatuba
| Tempo de leitura: 2 min
Da redação
Reprodução
O motoboy envolvido na polêmica
O motoboy envolvido na polêmica

Uma entrega de marmita em uma residência na Alameda Sépias, em Caraguatatuba, terminou em confusão entre o entregador e o cliente, culminando na depredação do imóvel. O motoboy esqueceu a máquina de cartão, retornou ao local para receber o pagamento. Segundo ele, houve um desentendimento e ele levou um soco no rosto, desferido por um morador, de 54 anos.

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Horas depois, um grupo invadiu a casa do cliente, destruiu móveis, danificou carros e furtou bicicletas. O caso foi registrado pela polícia como lesão corporal, furto e dano ao patrimônio.

Imagens que circularam nas redes sociais mostram outro momento da confusão, em que o motoboy aparece sendo agredido por dois homens, pai e filho. Ele está imobilizado no chão e é atingido com chutes, inclusive no rosto.

Murilo, o motoboy envolvido, afirmou que precisou retornar à casa para receber o pagamento. “Fui fazer a entrega na casa desse rapaz, mas esqueci a maquininha no estabelecimento. Ele sempre pede com a gente. Falei que ia buscar e voltava para receber.”

Ao retornar, ele relata que o cliente se recusou a pagar naquele momento, apesar da orientação do patrão.
“Meu patrão falou: ‘Vai lá que dá tempo ainda’. Voltei, buzinei uma, duas vezes, ele não saiu. Continuei buzinando, aí quando ele saiu, saiu irado, xingando.”

Murilo conta que o cliente se aproximou de forma agressiva. “Saiu de dentro da casa dele xingando: ‘Vai ficar buzinando na frente da minha casa igual louco?’. Eu disse: ‘Calma, só vim passar o cartão’. Aí ele falou que eu iria pagar pelo barulho.”

“Ele veio do outro lado e me deu uma cabeçada. Eu estava de capacete, não senti nada, mas empurrei ele e falei: ‘Para que isso?’.”

Na sequência, o filho do cliente também teria entrado na briga. “Veio o filho dele e me deu um soco. Fui para o meio da rua. Eu disse: ‘Pra que isso? Só vim receber’. Vieram os dois para cima de mim, eu só me defendi.”

Após o confronto, um grupo de motoboys teria retornado ao local e promovido a depredação. Murilo negou qualquer participação nessa ação. “Eu não incentivei ninguém, não participei de nada. Só publiquei o vídeo no grupo dos motoboys, não sabia que ia repercutir. Eu sou a vítima.”

Ele ainda acrescentou. “Soltaram dois pitbulls em cima de mim e me agrediram, depois quiseram posar de vítimas quando perceberam que estavam sendo filmados.”

Ao final do depoimento, Murilo fez um apelo. “Só peço que a Justiça seja justa, que seja imparcial. Já vimos motoboys sendo injustiçados. A gente sai para trabalhar embaixo de sol, de chuva, enfrentando perigos, e ainda é tratado como se não fosse gente.”

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