A Polícia Civil deflagrou a operação “Ovelha Negra”, com o objetivo de desarticular uma associação criminosa suspeita de aplicar golpes por meio de um esquema de pirâmide financeira camuflado como investimento em renda variável. A investigação estima que o prejuízo causado às vítimas ultrapasse R$ 700 mil.

Na manhã desta quinta-feira (26), foram cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços localizados nas cidades de São José dos Campos, Campinas, São Paulo e Palmas (TO).

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Segundo os investigadores, o grupo oferecia aplicações com promessa de retorno mensal fixo de 10%, utilizando contratos formais e linguagem técnica para dar aparência de legalidade às operações. A atividade, no entanto, não possuía autorização da Comissão de Valores Mobiliários e configurava uma fraude típica de pirâmide financeira.

As apurações começaram após o Ministério Público receber denúncia de uma vítima que aportou R$ 80 mil na suposta aplicação, recebendo os rendimentos apenas nos primeiros meses. Ao tentar recuperar o valor investido, a vítima percebeu que havia caído em um golpe. Outros casos semelhantes foram identificados, com perdas variando entre R$ 20 mil e R$ 250 mil.

As fraudes, segundo a polícia, ocorriam em diferentes contextos sociais, incluindo círculos familiares, ambientes de trabalho e até religiosos. A movimentação financeira identificada nas contas ligadas aos investigados ultrapassa R$ 7,1 milhões entre os anos de 2021 e 2024, com indícios de ocultação de bens, uso de empresas fantasmas e lavagem de dinheiro.