INVESTIGAÇÃO

Antes de protesto, Kelvin foi morto ao trocar tiros com a PM

Jacareí
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Da redação
Reprodução
Kelvin foi morto a tiros
Kelvin foi morto a tiros

A morte de Kelvin Costa Tabosa, de 19 anos, em uma ação da Polícia Militar, desencadeou uma onda de revolta em amigos em Jacareí. Na noite desta quarta-feira (25), um protesto terminou com um ônibus incendiado na entrada do bairro Rio Comprido e a prisão de um homem suspeito de participar do ataque ao transporte coletivo. Ele estava armado com uma espingarda no momento da detenção.

Kelvin foi morto na noite de terça-feira (24), durante uma operação da Força Tática no bairro Rio Comprido. Segundo informações do boletim de ocorrência, os policiais foram acionados após uma viatura tentar abordar dois homens em uma motocicleta. Os suspeitos fugiram, e um deles — mais tarde identificado como Kelvin — pulou o muro de uma residência na rua Aracaju.

Durante a varredura no imóvel, os agentes relataram terem sido surpreendidos por disparos vindos de uma área de mata nos fundos da casa. Os policiais revidaram e atingiram o atirador. Mesmo socorrido à Santa Casa de Jacareí, Kelvin não resistiu aos ferimentos. A ocorrência foi registrada como homicídio decorrente de oposição à intervenção policial.

A arma usada pelo jovem, um revólver calibre .38, foi apreendida para perícia, assim como as pistolas .40 dos policiais envolvidos. Nenhum dos agentes utilizava câmera corporal no momento da ação. A mãe de Kelvin compareceu à delegacia durante a madrugada e fez o reconhecimento formal do corpo, que foi encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal).

A morte gerou comoção e revolta em amigos, culminando no protesto da noite seguinte. Um ônibus foi incendiado, gerando momentos de tensão. O Corpo de Bombeiros foi acionado e conteve o fogo. A Polícia Militar, por sua vez, agiu rapidamente para conter os ânimos e prendeu um dos envolvidos, que portava uma arma longa e teria participado da organização do ato.

A situação foi controlada e, até o momento, não há registro de feridos no protesto. A Polícia Civil investiga as circunstâncias do confronto que resultou na morte do jovem e apura a participação de outros envolvidos nos atos de vandalismo.

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