DESPEDIDA

Morre aos 72 anos o artista, violeiro e devoto Tião Cortez

Por Da redação | Guaratinguetá
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução
Tião Cortez era violeiro
Tião Cortez era violeiro

Morreu na manhã desta segunda-feira (23), aos 72 anos, o violeiro e devoto Sebastião Augusto Cortez, mais conhecido como Tião Cortez. Morador de Guaratinguetá, ele enfrentava problemas de saúde há algum tempo.

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O corpo de Tião Cortez será velado na tarde desta segunda, em Guaratinguetá, e o sepultamento está marcado para as 16h de terça-feira (24), após missa de corpo presente na capela do Mosteiro Mater Christi, na Fazenda da Esperança, no bairro Santa Edwiges, em Guará.

Tião Cortez era casado há 51 anos e deixa seis filhos, 11 netos e dois bisnetos. Ele era conhecido em toda a região pela sua arte com a viola, além da devoção que tinha a santos e santas da Igreja Católica.

Ele foi um longevo colaborador de Frei Hans Stapel, um dos fundadores da Fazenda da Esperança e ex-paróco da Igreja Nossa Senhora da Glória, no Pedregulho, em Guaratinguetá.

Nas redes sociais, dezenas de mensagens lamentaram a morte do violeiro e saudaram a memória de um dos grandes artistas da música caipira do Vale do Paraíba.

“Mestre sertanejo de Guaratinguetá, que Deus te receba de braços abertos e que você encante os anjos lá em cima com sua alegria e sua cantoria sertaneja, com aquela viola batida e chorada que sempre fez. Até algum dia”, disse Fabio Tocera.

“O mundo sertanejo perdeu um grande mestre, meus sentimentos à família”, afirmou Edivaldo Bonifácio.

Lúcia Bassanelli escreveu: “Que Deus o receba em sua glória. Tião Cortez, sua música ira alegrar o céu. Descansa em paz”.

Paula Cortez, filha de Tião, publicou um texto no Instagram homenageando o pai, lembrando um canção que ele tocava e que marcou a vida da família.

“Essa é uma daquelas músicas que mora na alma da nossa família. Meu pai sempre canta pra nós, filhos. Nos aniversários de casamento dele e da minha mãe, a noite não acabava sem a viola e todos os filhos ao redor, cantando junto com ele: ‘Eu nunca desisti de crer e de esperar; fiel permaneci, e sem desanimar’. Essa música virou símbolo”, disse ela.

“Tanto que agora, durante o tratamento dele, montamos um grupo chamado ‘Eu Tenho Alguém Por Mim’. E a gente já sabe quem é: Jesus de Nazaré. Hoje, mais do que nunca, entendo que o meu pai sempre preparou a gente — sem grandes discursos, mas com gestos e fé. Porque nos dias difíceis, se você não tem espiritualidade, se não acredita em algo maior… o desespero toma conta. Mas ele ensinou o contrário: que mesmo com dor, dá pra permanecer. Com fé. Com amor. Com coragem. Obrigada, Pai.”

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