
Um homem foi morto a tiros, na noite de sexta-feira (13), após invadir uma residência em Caraguatatuba, no Litoral Norte. O caso ocorreu por volta das 18h30 na avenida Almirante Tamandaré, no bairro Aruan, e envolveu um capitão da Polícia Militar, que estava em casa com os filhos no momento da invasão.
Segundo o boletim de ocorrência registrado na Delegacia de Polícia de Caraguatatuba, o autor da invasão foi identificado como Isaac Dutra de Jesus, de 24 anos. Ele teria pulado o muro da casa e, já no quintal, foi surpreendido pelo morador, o capitão da PM. De acordo com o relato do policial, ao abordá-lo, Isaac tentou tomar sua arma, o que deu início a uma luta corporal entre os dois. Durante o confronto, o capitão efetuou disparos de arma de fogo, atingindo o invasor, que morreu no local.
O filho do policial de 18 anos, também prestou depoimento, confirmando que ouviu os barulhos vindos do quintal e presenciou o pai em luta corporal com o homem. A irmã do jovem, de 16 anos, também estava na residência, mas não se envolveu na ação.
A Polícia Militar foi acionada e encontrou o corpo de Isaac no quintal da residência, junto a uma bicicleta que estava próxima ao portão. No local, foram recolhidos quatro estojos de munição calibre .40, além de duas munições intactas e uma pistola da marca IMBEL, arma particular do capitão, que apresentava vestígios de sangue.
A mãe de Isaac compareceu à delegacia e reconheceu o corpo do filho. Em seu depoimento, afirmou que ele estava em situação de rua devido ao uso de drogas e que vinha cometendo pequenos furtos na região.
A perícia técnica foi realizada no local, com presença do delegado de plantão e equipe do Instituto de Criminalística. O laudo preliminar confirmou que o homem morreu em decorrência dos disparos sofridos durante o confronto.
Diante dos elementos apurados, a autoridade policial entendeu que houve legítima defesa por parte do capitão, conforme previsto no artigo 25 do Código Penal. O caso será investigado em inquérito policial, sem prisão em flagrante.
As partes foram ouvidas por sistema de gravação em áudio e vídeo, conforme os protocolos vigentes, e o caso segue sob responsabilidade da Delegacia de Polícia de Caraguatatuba.