BLINDAGEM

Na Câmara de São José, governo barra 8 requerimentos da oposição

Por Sessão Extra | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução/TV Câmara
Votos em verde são favoráveis ao requerimento. Em vermelho, os votos contrários
Votos em verde são favoráveis ao requerimento. Em vermelho, os votos contrários

Requerimentos
Aproveitando o fato de ter maioria na Câmara de São José dos Campos, a base aliada ao governo Anderson Farias (PSD) conseguiu rejeitar nessa terça-feira (10) um total de oito requerimentos da oposição que cobravam informações da Prefeitura.

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A favor
Dos 21 vereadores, oito votaram a favor dos requerimentos: Amélia Naomi (PT), Anderson Senna (PL), Carlos Abranches (Cidadania), Fernando Petiti (PSDB), Juliana Fraga (PT), Lino Bispo (PL), Roberto Chagas (PL) e Thomaz Henrique (PL). Todos esses parlamentares são da oposição. Petiti votou contra o segundo requerimento. Sérgio Camargo (PL), também da oposição, não participou da sessão.

Contra
Outros nove vereadores votaram contra os requerimentos: Claudio Apolinário (PSD), Fabião Zagueiro (PSD), Gilson Campos (PRD), Marcão da Academia (PSD), Marcelo Garcia (PRD), Rafael Pascucci (PSD), Renato Santiago (União), Sidney Campos (PSDB) e Zé Luis (PSD). O presidente da Câmara, Roberto do Eleven (PSD), que também é da base governista, votaria apenas em caso de empate. Os governistas Milton Vieira Filho (Republicanos) e Rogério do Acasem (PP) não participaram da sessão.

Professores
No primeiro requerimento, Juliana Fraga solicitava "informações sobre o número de professores da rede municipal de ensino que se encontram afastados de suas atividades por motivo de problemas de saúde".

Fila de espera
No segundo requerimento, Anderson Senna pedia informações sobre o número de pacientes na fila de espera por consultas com neurologista e neuropediatra.

Hospital
No terceiro requerimento, Senna pedia informações sobre um paciente atendido no Hospital Municipal no dia 29 de maio, que teria sido liberado duas vezes antes de retornar à unidade "tossindo sangue", quando "constatou-se necessidade de ser intubado".

Reabilitação
No quarto requerimento, Senna pedia informações sobre atendimentos e fila de espera de pacientes que necessitam de reabilitação, órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção.

PS da Vila
No quinto requerimento, Senna cobrava esclarecimentos sobre a "falta de aparelho de eletrocardiograma no Pronto Socorro da Vila Industrial".

Samu
No sexto requerimento, Senna pedia informações "sobre a estrutura, procedimentos e desempenho do Samu nos atendimentos emergenciais prestados no município".

Acidentes
No sétimo requerimento, Senna questionava quais medidas foram tomadas para cessar os acidentes no cruzamento da Avenida Constância da Cunha Paiva com a Rua José Lia, no bairro Jardim Santa Inês 2.

Retornos
No oitavo requerimento, Carlos Abranches pedia "informações a respeito da indisponibilidade de vagas para consulta de retorno com médico clínico geral, na UBS do Jardim Paulista".

Blindagem
A rejeição de requerimentos é uma forma de blindar o governo Anderson, já que esse tipo de documento deve ser respondido obrigatoriamente em 15 dias quando aprovado em plenário. Com a rejeição, a Prefeitura não é obrigada a responder à Câmara.

Balanço
Apenas em 2023, a base aliada ao governo Anderson na Câmara barrou 182 requerimentos que cobravam informações da Prefeitura. Em 2024, a blindagem deixou de ser adotada a partir de agosto, quando a oposição passou a ter mais cadeiras. No início de 2025, com a bancada governista retomando a maioria, a manobra voltou a ser aplicada.

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