ROUBO NO VALE

Dupla morta após roubo a mercado usava simulacro e levou R$ 176

Por Da redação | Aparecida
| Tempo de leitura: 3 min
Reprodução
Viaturas da polícia e dos bombeiros em atendimento no local do crime
Viaturas da polícia e dos bombeiros em atendimento no local do crime

Os dois homens que morreram após roubar um mercado em Aparecida, na tarde dessa segunda-feira (9), usavam um simulacro de arma de fogo e levaram R$ 176 do caixa do estabelecimento. Eles tinham 16 e 18 anos e possuíam passagens policiais anteriores.

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O assalto aconteceu em um mercadinho na rua Itabaiana, no bairro Itaguassu. Os dois homens invadiram o mercado e anunciaram o assalto. Um policial militar de folga, que passava perto do local, entrou no estabelecimento e atirou nos assaltantes. O dono do mercado também atirou, segundo o boletim de ocorrência.

O adolescente foi atingido no tórax e na cabeça, caiu em via pública e morreu no local. O outro assaltante foi baleado região do olho direito e socorrido à Santa Casa de Aparecida, depois transferido ao Hospital Regional de Taubaté, onde morreu devido aos ferimentos.

Um cliente do estabelecimento também chegou a ser atingido por um dos disparos, mas recusou o atendimento médico.

Investigação.

De acordo com o boletim de ocorrência, os dois assaltantes entraram no mercado usando roupa com capuz e anunciaram o assalto, sendo que um deles mostrou uma arma, posteriormente verificada como simulacro. A dupla ameaçou a funcionária do estabelecimento e subtraiu o dinheiro que estava no caixa, quantia de R$ 176.

O proprietário do estabelecimento reagiu e efetuou disparos na direção dos assaltantes usando uma pistola calibre 22. Após a ocorrência, a polícia verificou que a arma não possuía registro, tampouco o comerciante tinha porte de arma. Ele foi detido, pagou fiança de R$ 1.500 e vai responder em liberdade pelo crime de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido.

No momento do assalto, segundo o registro, um policial militar de folga trafegava em seu carro com sua família pela via pública e presenciou os homens encapuzados entrando no mercado de forma suspeita.

Ao perceber a movimentação atípica e o pânico instaurado, ele interveio de forma imediata, utilizando-se da arma de fogo da corporação para repelir a agressão e cessar o roubo. Segundo o BO, o policial efetuou cinco disparos contra o adolescente, o qual corria em sua direção com as mãos ocultas dentro do moletom, fazendo menção de estar armado. Ele acabou morto em decorrência dos tiros.

O local foi preservado pela Polícia Militar para a realização da perícia técnica. As armas do policial e do proprietário do mercado foram apreendidas, assim como o simulacro de arma de fogo utilizado pelos assaltantes. Também foi apreendido um aparelho celular de um dos autores do crime.

O caso foi registrado como roubo, lesão corporal e homicídio, com excludentes de ilicitude e legítima defesa. A autoridade policial considerou legítima a conduta do policial de folga, que agiu em legítima defesa de terceiros, mesma consideração à atitude do proprietário do estabelecimento.

Segundo o delegado, o caso não foi registrado como morte por intervenção policial em razão de o policial não estar de serviço e nem usar uma viatura policial, apenas “utilizou arma da corporação a que pertence”.

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