Pesquisadores da Universidade de Bayreuth, na Alemanha, conseguiram alterar geneticamente aranhas da espécie Parasteatoda tepidariorum, popularmente conhecidas como aranhas-redondinhas, fazendo com que elas passassem a produzir teias vermelhas fluorescentes em vez dos tradicionais fios transparentes.
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Segundo os cientistas responsáveis pelo experimento, a inovação representa um avanço significativo na área da ciência dos materiais, uma vez que as teias de aranha são admiradas por sua leveza e resistência.
“É surpreendente que, diante das inúmeras aplicações possíveis, ainda não houvesse estudos com a técnica CRISPR-Cas9 em aranhas”, destacou o professor Thomas Scheibel, líder da pesquisa.
O estudo foi publicado em abril na revista científica Angewandte Chemie. A CRISPR-Cas9 é uma ferramenta de edição genética que permite cortar e inserir sequências específicas de DNA, promovendo modificações em algumas características dos organismos.
Embora também seja aplicada na medicina humana, nesse contexto a técnica é utilizada apenas para corrigir doenças genéticas que afetam o indivíduo, sem alterar características hereditárias.
No caso das aranhas, o procedimento envolveu a microinjeção de genes responsáveis pela produção de uma proteína vermelha fluorescente nos ovos das fêmeas. Após a fertilização, os filhotes passaram a fabricar teias com a nova coloração.