DECISÃO JUDICIAL

Nova regras da Justiça ameaçam Festival de Inverno em Amparo

Por Flávio Paradella | Especial para a Sampi Campinas
| Tempo de leitura: 2 min
Divulgação/Prefeitura de Amparo
Justiça impõe limite de horário e volume sonoro ao Festival de Inverno 2025, sob pena de multa; prefeitura pretende recorrer da medida.
Justiça impõe limite de horário e volume sonoro ao Festival de Inverno 2025, sob pena de multa; prefeitura pretende recorrer da medida.

realização do 24º Festival de Inverno de Amparo, tradicional evento previsto para o mês de julho, está sob risco após decisão da 2ª Vara Cível do município, que impôs restrições de horário e volume sonoro durante as apresentações. A medida atende a uma ação movida pelo Ministério Público do Estado de São Paulo e prevê que os shows devem terminar até as 22h e não podem ultrapassar o limite de 55 decibéis.

  • Clique aqui para fazer parte da comunidade da Sampi Campinas no WhatsApp e receber notícias em primeira mão.

A sentença, assinada pelo juiz Fernando Campanella, estabelece ainda que o descumprimento das normas acarretará multa de R$ 100 mil ao prefeito e ao secretário municipal de Meio Ambiente por evento irregular. A decisão cita como precedente um show ocorrido em 17 de maio, durante a Semana do Evangélico, que excedeu em sete minutos o horário estabelecido para encerramento.

“Respeito a Justiça, porém não concordo com a decisão, razão pela qual vamos recorrer para corrigi-la, de forma a não prejudicar o direito da população em ter momentos de lazer saudável, num evento 100% seguro e que gera oportunidades de emprego e renda, inclusive para dezenas de artistas locais, trazendo um importante aquecimento da economia para todos os setores do comércio e serviços”, afirmou o prefeito de Amparo, Carlos Alberto Martins (MDB).

O Festival de Inverno de Amparo é reconhecido por integrar o calendário oficial do Estado de São Paulo e do Ministério do Turismo. De acordo com a prefeitura, o evento movimenta a cidade com mais de 100 atrações culturais e geração de aproximadamente 500 empregos diretos. A estimativa é de que o evento injete mais de R$ 60 milhões na economia local, com reflexos em setores como hospedagem, alimentação e transporte.

A prefeitura informou que irá recorrer da decisão junto ao Tribunal de Justiça, com o objetivo de reverter as limitações impostas. A gestão municipal argumenta que o festival passou por reestruturação nos últimos anos, com melhorias acústicas, reorganização do palco principal e ampliação da área destinada à alimentação e às apresentações culturais.

A administração ressalta ainda que o evento é realizado com medidas de segurança e promove oportunidades de trabalho e valorização de artistas locais.

Comentários

Comentários