GÊNIO DA FOTOGRAFIA

Fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado morre aos 81 anos

Por Da redação | Paris
| Tempo de leitura: 2 min
Divulgação/Instituto Terra
Sebastião Salgado tinha 81 anos e vivia em Paris, na França
Sebastião Salgado tinha 81 anos e vivia em Paris, na França

Morreu nesta sexta-feira (23) o brasileiro Sebastião Salgado, um dos maiores fotógrafos do mundo. Ele enfrentava problemas decorrentes de uma malária que adquiriu nos anos 1990, segundo um amigo próximo. O artista tinha 81 anos e vivia em Paris, na França.

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Nascido em Aimorés, Minas Gerais, em 1944, Salgado formou-se em economia antes de descobrir sua verdadeira vocação: a fotografia. Ao longo de mais de quatro décadas, percorreu mais de 120 países registrando, com sensibilidade única, a condição humana, o trabalho, os deslocamentos forçados e a relação entre o homem e a natureza.

Seus projetos icônicos — como “Trabalhadores”, “Êxodos”, “Gênesis” e “Gold” — não apenas retrataram a realidade com profundidade estética e ética, mas também provocaram reflexão global sobre injustiça social, meio ambiente e dignidade humana. Seu trabalho foi reconhecido internacionalmente e exibido nos maiores museus e galerias do planeta.

Junto de sua esposa, Lélia Deluiz Wanick Salgado, também fundou o Instituto Terra, responsável por um dos maiores projetos de reflorestamento do Brasil, contribuindo de forma concreta para a recuperação ambiental do Vale do Rio Doce.

Em nota, o Instituto Terra lamentou a morte de Salgado, “fundador, mestre e eterno inspirador”.

“Sebastião foi muito mais do que um dos maiores fotógrafos de nosso tempo. Ao lado de sua companheira de vida, Lélia Deluiz Wanick Salgado, semeou esperança onde havia devastação e fez florescer a ideia de que a restauração ambiental é também um gesto profundo de amor pela humanidade. Sua lente revelou o mundo e suas contradições; sua vida, o poder da ação transformadora”, diz trecho da nota.

“Neste momento de luto, expressamos nossa solidariedade a Lélia, a seus filhos Juliano e Rodrigo, seus netos Flávio e Nara, e a todos os familiares e amigos que compartilham conosco a dor dessa perda imensa. Seguiremos honrando seu legado, cultivando a terra, a justiça e a beleza que ele tanto acreditou ser possível restaurar. Nosso eterno Tião, presente! Hoje e sempre”, completou o Instituto Terra.

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