Com o apoio da GCM (Guarda Civil Municipal) de São José dos Campos, a Polícia Civil deflagrou nesta sexta-feira (16) a segunda fase da ‘Operação Judicium Verum’, que apura a atuação de uma organização criminosa no bairro Sítio Bom Jesus, na região sudeste da cidade. Os investigados são suspeitos de envolvimento em crimes como sequestro, tortura, tráfico de drogas e tribunais do crime.
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Segundo a polícia, as investigações começaram em 28 de janeiro de 2025, após um adolescente de 14 anos ter sido sequestrado e torturado por membros da facção criminosa. O jovem foi submetido a um “julgamento” informal no chamado tribunal do crime, instalado na própria comunidade.
Com base nas apurações iniciais, foi deflagrada a primeira fase da operação, em 13 de março, quando foram cumpridos mandados de busca nas residências de A.C., 22 anos, L.G., 21 anos, e A.P., 23 anos, identificados como autores do arrebatamento e das agressões ao adolescente.
A partir da análise de um celular apreendido durante essa fase, os investigadores conseguiram identificar B.N. como o suposto líder do tráfico local e responsável por autorizar a realização do tribunal do crime.
Nesta sexta, os policiais cumpriram novos mandados de busca e apreensão, sendo um deles na residência de B.N., no bairro Cidade Jardim, na zona sul de São José, onde foram apreendidos R$ 2.100 em dinheiro, uma máquina de contar dinheiro e um aparelho celular. O investigado foi conduzido à delegacia para prestar esclarecimentos.
Outro mandado foi cumprido em um imóvel no bairro Vila Industrial, na região leste, vinculado a um familiar de B.N., onde nada de ilícito foi localizado.
Durante a operação, as equipes também se deslocaram até um ponto conhecido de tráfico de drogas no Sítio Bom Jesus, onde foi abordado A.P., que portava uma pequena porção de entorpecente, alegando ser para uso pessoal, além de um celular, que foi apreendido para fins de perícia.
A Polícia Civil informou que a ‘Operação Judicium Verum’ continua em andamento, com o objetivo de desarticular o grupo criminoso atuante na região e responsabilizar os envolvidos pelos crimes investigados.