DESABAFO NAS REDES

VÍDEO: Médica critica Prefeitura de Taubaté: 'Está horrível'

Por Da redação | Taubaté
| Tempo de leitura: 3 min
Reprodução
Médica Ana Paula Pereira voltou a criticar a Prefeitura de Taubaté em vídeo
Médica Ana Paula Pereira voltou a criticar a Prefeitura de Taubaté em vídeo

A médica Ana Paula Pereira voltou a criticar a Prefeitura de Taubaté por causa de más condições de trabalho na área da saúde. Em vídeo postado no perfil no Instagram, nessa quarta-feira (14), ela disse que o “psicológico” do servidor público da cidade está “horrível” e criticou a administração por não ter resolvido problemas de insumos em posto de saúde.

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“Não tem ainda lá no postinho da Independência. Nossas fichas não são impressas”, disse ela, que atua há 11 anos na UBS+ Independência como servidora municipal.

O novo desabafo da médica surge após ela viralizar com um vídeo divulgado em 17 de abril, quando chorou em razão das condições de trabalho. “Deus nos ajude a trabalhar nessas condições e ajudar o povo”, disse ela na ocasião.

Ela expôs a falta de recursos, a sobrecarga e o impacto psicológico sobre os profissionais da área. Afirmou que faltam até papel e tinta para impressão de prontuários e receitas médicas, problema que ainda não teria sido resolvido.

“Eu fiz o vídeo lá desabafando aquele dia, um monte de gente viralizou, mas olha, para eu contar para vocês que nem o probleminha de tinta foi resolvido. Não tem ainda lá no postinho da independência, nossas fichas não são impressas”, disse ela em novo vídeo.

“Isso eu já reclamei para todos os degraus das hierarquias dos chefes, eu reclamei para todos, inclusive para o prefeito, inclusive na mídia, porque é mais fácil falar com ele pela mídia, não foi resolvido. Então, nem o papel não resolveu.”

Ana Paula também disse que a “pressão sobre o servidor não resolveu”. Ela afirmou que a situação psicológica de quem trabalha na Prefeitura de Taubaté “está extremamente difícil” e que o “psicológico” do servidor está “horrível”. “Todo mundo saindo, pedindo exoneração”.

“Diálogo não é encontrar com a gente e continuar falando: ‘Eu não vou fazer isso é inconstitucional’ e não resolver o problema da gente. A gente não está pedindo aumento. Não é fake news que tá saindo do servidor. A gente só não quer que reduza o nosso salário”, afirmou.

“Então, resolva as contas da prefeitura, não é problema da gente que está aqui trabalhando. Então, resolva as contas da prefeitura sem baixar o nosso salário”, completou a médica.

Por fim, ela cobrou a oferta de exame de sangue na rede. “Agora, como se não bastasse, a novidade de que nenhum exame de sangue está sendo feito aqui em Taubaté. Exame de sangue, preventivo. Como é que a gente faz com as grávidas que tem prioridade? Como é que a gente faz com as grávidas que tem que fazer exame de três em três meses?”, questionou Ana Paula.

No final, ele disse que o “desabafo” pela internet faz com que suas críticas sejam “ouvidas”. “Tá muito difícil trabalhar aqui na Prefeitura Municipal de Taubaté”, disse.

Outro lado.

Procurada, a Secretaria de Saúde de Taubaté informou que, a partir das adoção do prontuário eletrônico, não há necessidade da impressão do mesmo. Segundo a pasta, a unidade conta com material, inclusive papel sulfite, mas para outras finalidades. O prontuário eletrônico fica registrado digitalmente, podendo ser acessado pelos profissionais sempre que necessário.

"Quanto aos exames de análises clínicas, a Prefeitura esclarece que o contrato foi renovado, ampliando em 25% a oferta de vagas e trabalha na descentralização da coleta de material que passará a acontecer em todas as unidades de Estratégia Saúde da Família (ESF)", informou.

ainda não se pronunciou sobre as novas críticas da médica. O espaço segue aberto.

Em entrevista ao OVALE Cast, o podcast de OVALE, o prefeito de Taubaté, Sérgio Victor (Novo), falou a respeito do vídeo da médica sobre os problemas enfrentados na área da saúde do município, entre eles, a falta de insumos básicos, como toner para a impressão de receituários médicos.

Em resposta, o prefeito afirmou que os problemas da saúde em Taubaté “são antigos” e que os “servidores têm liberdade para expressar seus sentimentos”.

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