
A defesa que a atriz Paolla Oliveira fez da legalização do aborto no programa Roda Viva, da TV Cultura, é alvo de moções de repúdio na Câmara de São José dos Campos e na Assembleia Legislativa do Estado.
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As declarações da atriz repercutiram negativamente entre representantes legislativos de São José dos Campos ligados ao campo conservador.
No programa, Paolla Oliveira defendeu a legalização do aborto, afirmando que “isso é uma escolha da mulher” e que “tem que ser” uma decisão feminina. A entrevista aconteceu na segunda-feira (5).
“Todas as vezes que a gente fala sobre as questões femininas, tem sempre um entorno que leva a gente a se aprisionar, às decisões não serem nossas. Parte tudo do mesmo lugar: de a gente ter o corpo que a gente quer, se sentir bonita da maneira que a gente é. E escolher ter filhos, escolher fazer um aborto. Acho que isso é uma escolha da mulher e eu sou a favor”, disse Paolla.
Repúdio.
Em resposta à manifestação da atriz, foram protocoladas moções de repúdio na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo e na Câmara Municipal de São José dos Campos, respectivamente pela deputada estadual Leticia Aguiar (PP) e pelo vereador Anderson Senna (PL).
“A vida humana deve ser protegida desde o primeiro instante. Relativizar esse princípio em rede nacional, ainda mais por uma figura pública com enorme alcance, é um desserviço à sociedade”, afirmou Leticia.
“A fala da atriz representa um total desprezo pelo direito do nascituro. Legalizar o aborto como simples escolha pessoal é ignorar a dignidade da vida e reforçar uma cultura de morte que precisa ser combatida com coragem e firmeza”, disse Senna.
As moções registram que o aborto não pode ser tratado como direito reprodutivo, sem considerar a existência de uma vida humana em desenvolvimento. “Promover essa pauta como se fosse uma escolha individual, sem debate sério, ético e responsável, é um retrocesso que banaliza a maternidade e a infância”, concluem os parlamentares.