
Um menino de dois anos morreu, na noite de terça-feira (6), após supostamente receber um medicamento errado em um hospital particular em Andradina, no interior de São Paulo.
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A técnica de enfermagem responsável pela aplicação foi presa em flagrante, após confessar o erro, mas foi liberada após o pagamento de fiança.
A criança havia dado entrada na unidade de saúde com um quadro de bronquiolite. Conforme informações do boletim de ocorrência, a médica responsável prescreveu uma dose injetável de 100 ml de hidrocortisona, um corticosteroide comum em tratamentos respiratórios.
No entanto, logo após a aplicação, o menino apresentou sintomas graves: pele arroxeada, vômitos e intensa secreção pela boca.
A equipe tentou realizar manobras de reanimação, mas a criança não resistiu e morreu. Diante da gravidade da situação, a médica checou a medicação utilizada e constatou que, em vez de hidrocortisona, havia sido administrada succinilcolina — um bloqueador neuromuscular geralmente usado em procedimentos de intubação, e que pode ser fatal se usado de forma inadequada.
A Polícia Civil apreendeu os frascos utilizados para realização de perícia. O corpo do menino foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para a realização do exame necroscópico, que deverá apontar as causas exatas da morte.
O caso foi registrado como homicídio culposo — quando não há intenção de matar — e segue sob investigação. A Secretaria de Saúde do município e o hospital ainda não se manifestaram oficialmente sobre o ocorrido.