
O Vale do Paraíba registra seis pessoas mortas em confronto com a Polícia Militar no primeiro trimestre de 2025, 50% a menos do total de mortes no mesmo período de 2024, quando a PM matou 12 pessoas na região, segundo dados da SSP (Secretaria da Segurança Pública de São Paulo).
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Todas as mortes aconteceram com os policiais militares em serviço. Não houve mortes em confronto com a Polícia Civil no primeiro trimestre de 2025 e nem em 2024.
A redução acontece depois de escalada no número de pessoas mortas em situações de confronto com a polícia no ano passado. Os 12 óbitos no primeiro trimestre de 2024 representaram o dobro das seis mortes no ano anterior, em igual intervalo.
A região encerrou 2024 com 28 mortes em confronto com as polícias, sendo 27 em ocorrências com a Polícia Militar e uma com a Polícia Civil. O número é o terceiro maior da série histórica da SSP, que começa em 2005. Os anos com mais óbitos em confronto foram 2020 (38) e 2019 (30).
Nos dois anos de gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), o número de mortes em confronto com a polícia cresceu 26% na região. Foram 53 vítimas em 2024 e 2023 contra 42 nos dois anos anteriores.
Do total de mortes na região durante a gestão Tarcísio, 50 ocorreram em confronto com a Polícia Militar e três com policiais civis. No intervalo anterior, foram 39 óbitos com a PM e três com a Civil. Ou seja, a letalidade da PM cresceu 28% na gestão do republicano.
Câmeras corporais.
A letalidade policial no Vale estava em queda após recorde de mortes em 2020 e 2019, anos com 68 óbitos na região – biênio mais letal de toda a série histórica da SSP. O segundo período com mais mortes é justamente na gestão de Tarcísio, com 53 óbitos em 2024 e 2023.
A partir de 2021, com o uso de câmeras corporais na farda dos policiais militares, o total de mortes caiu para 42, em 2021 e 2022.
O número de 2021 foi o mais baixo desde 2013, quando oito pessoas morreram em enfrentamentos com as polícias na região.
As 28 mortes de 2024 superam até mesmo o ano de 2006, que teve 24 óbitos em confronto com as polícias e foi marcado por ataques da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) às forças de segurança.