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Por economia, Taubaté adia mudança no subsídio do transporte

Por Julio Codazzi | Taubaté
| Tempo de leitura: 3 min
Divulgação/PMT
Veículo do transporte público de Taubaté
Veículo do transporte público de Taubaté

Após acordo entre Prefeitura de Taubaté e ABC Transportes, foi adiada por mais seis meses a mudança no subsídio do transporte público.

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Assim como o anterior, o novo adiamento foi solicitado pela Prefeitura por questões financeiras: com a alteração, o gasto mensal com o subsídio deve aumentar em R$ 1,1 milhão, passando de R$ 2 milhões para R$ 3,1 milhões, segundo apuração da reportagem. Ou seja, em seis meses de adiamento, a economia será de R$ 6,6 milhões.

A mudança no subsídio estava prevista para o mês de junho. Com o adiamento por seis meses, passará para dezembro desse ano - como a Prefeitura faz o repasse no mês subsequente, o impacto começará a ser sentido apenas no orçamento de 2026.

Subsídio.

Desde março de 2021, a Prefeitura pagava à empresa R$ 1,50 por passageiro transportado. Com isso, o gasto mensal com subsídio era de R$ 550 mil - o que representava R$ 6,6 milhões por ano. Em junho de 2023, para renovar o contrato que se encerraria em maio de 2024, a ABC exigiu a mudança na fórmula do subsídio, o que foi aceito pela Prefeitura - com isso, o contrato foi prorrogado até 2034.

Pelo acordo firmado para a prorrogação do contrato, nos 12 meses seguintes seria adotado um modelo híbrido: nas linhas de maior demanda, o subsídio continuou a ser de R$ 1,50 por passageiro; nas linhas de menor demanda, foi de R$ 10,05 por quilômetro rodado. Com isso, o custo do subsídio passou a ser de R$ 19,6 milhões por ano.

Em junho de 2024, após os 12 primeiros meses de modelo híbrido, o contrato prorrogado previa a adoção do subsídio por quilômetro rodado em todas as linhas, mesmo aquelas de maior demanda. Essa era a vontade da ABC, mas a Prefeitura negou - e adiou a mudança para junho de 2025. Na ocasião, houve apenas o aumento de R$ 10,05 para R$ 11,22 no valor pago por quilômetro rodado nas linhas de menor demanda. Com isso, o gasto anual passou a R$ 24 milhões.

Impacto.

O adiamento da mudança no subsídio terá impacto nas três estações de conexão do transporte público que serão implantadas como contrapartida - essas estações também eram previstas, inicialmente, para entrar em funcionamento em junho de 2024.

Com o adiamento da alteração no subsídio, apenas uma estação de conexão entrará em funcionamento agora: é a estação do Cecap, que irá operar a partir de 10 de maio. O espaço irá funcionar na Avenida Carlos Pedroso da Silveira, na entrada do Cecap 1.

As outras duas estações são previstas para o Campos Elíseos e para a Rodoviária Nova. Com o adiamento na mudança no subsídio, uma delas deve entrar em operação até o fim de 2025, e a outra no primeiro semestre de 2026. As estações, que serão chamadas de ECOs, permitirão a conexão entre linhas sem o pagamento de nova tarifa.

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