ACIDENTE NO VALE

Por justiça, mãe faz ato de um ano da morte de Joãozinho no Vale

Por Da redação | Caçapava
| Tempo de leitura: 3 min
Reprodução
João Lucas morreu aos 9 anos após ser atropelado e morto por um motorista em Caçapava
João Lucas morreu aos 9 anos após ser atropelado e morto por um motorista em Caçapava

A mãe do menino João Lucas dos Santos Pereira, que morreu aos 9 anos após ser atropelado e morto por um motorista em Caçapava, organiza um ato para pedir justiça ao filho. O homem que atropelou e matou o menino responde ao processo em liberdade, o que a mãe critica.

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“Quero justiça para o meu filho. A justiça está favorecendo o homem que o matou, não a vítima”, disse a enfermeira Michelly Nunes, mãe do pequeno Joãozinho.

A manifestação será feita no próximo dia 9 de maio, quando a morte do menino completa um ano – ele morreu em 8 de maio do ano passado. Michelly, familiares e amigos vão realizar uma passeata em frente ao fórum de Caçapava vestindo camisetas brancas com a foto do menino. Também haverá cartazes e faixas.

“Não vamos mais ficar quietos. Esperar não vai trazer meu filho de volta, mas [o motorista] tem que pagar pelo que ele fez”, disse a mãe.

Michelly cobra a prisão do responsável pela tragédia, o homem que guiava o Kadett preto que atropelou o menino e fugiu sem prestar socorro. Ela definiu o motorista como um "monstro frio e calculista".

“Dia 8 vai fazer um ano e, até agora, o monstro que matou meu filho continua vivendo como se nada tivesse acontecido. E até hoje eu não tive retorno da justiça”, afirmou a enfermeira.

Morte.

O acidente ocorreu por volta das 13h45, perto da linha do trem, no bairro Jardim Santa Luzia. Joãozinho foi atropelado enquanto caminhava empurrando uma bicicleta junto do avô.

O motorista teria feito uma ultrapassagem em alta velocidade e em local proibido, pela pista contrária, atingindo avô e neto. O avô ficou internado no hospital da Fusam e não correu risco de morrer, mas ficou com sequelas pelo rompimento de ligamento do ombro e joelho. Já o menino chegou a ser socorrido pelo Samu, mas não resistiu aos ferimentos.

“[O motorista] fugiu do local e foi para casa, trocou de roupa, pegou um caminhão e voltou à cena do acidente para conferir o que tinha feito. Depois, voltou para a casa dele e começou a desmanchar o veículo, cobriu com uma lona”, disse a mãe na época do acidente.

Motorista.

Após o acidente, com o relato de testemunhas e imagens de câmeras de monitoramento, a Polícia Civil prendeu o mecânico Fábio Junior da Silva, que dirigia o Kadett preto que atropelou e matou o menino.

O suspeito foi preso no bairro Jardim Santa Luzia, na divisa com São José dos Campos, e confessou que dirigia o veículo envolvido na tragédia.

Ele, que já havia matado uma pessoa em um acidente de trânsito em Colatina (ES), responde pelos crimes de homicídio culposo, lesão corporal culposa, omissão de socorro, fraude processual e velocidade acima de permitido no local. No entanto, no dia seguinte à prisão, ele foi liberado pela Justiça, após pagar uma fiança de dois salários mínimos.

Em audiência na justiça em outubro do ano passado, segundo a mãe do menino, o motorista foi condenado a pagar 10 salários mínimos. “Ele também não pagou”, disse ela. “Não dá para ficar do jeito que está”.

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