
O homem de 25 anos que foi preso em Lorena, na última segunda-feira (28), pelo crime de pedofilia, pediu para a vítima, uma adolescente de 14 anos, que gravasse um vídeo pornográfico com um cachorro.
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Com a negativa da garota, o suspeito compartilhou imagens íntimas dela no Instagram, em 29 de março. A exposição levou a adolescente a procurar a Polícia Civil, que investigou a denúncia e prendeu o suspeito na cidade do Vale do Paraíba. O caso foi revelado pelo portal Metrópoles.
De acordo com investigação, Leandro Fernandes dos Santos usou as redes sociais para descobrir o endereço de sua vítima, a garota de 14 anos, e ameaçá-la de morte, além dos pais dela.
A família se mudou com medo de que o criminoso cumprisse o prometido, porque ele já havia divulgado fotos íntimas da adolescente, no próprio perfil dela no Instagram. Leandro usou um perfil falso para enganar e coagir a garota, quando ela tinha 13 anos.
Leandro foi preso em Lorena, por expor fotos íntimas da jovem. A detenção ocorreu em cumprimento a um mandado de prisão temporária, de 30 dias, expedido pela Justiça com base em investigação da Polícia Civil.
Denúncia.
O caso começou quando a vítima, que mora na capital paulista, procurou o DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), acompanhada pelos pais, em 29 de março, por causa da exposição de fotos íntimas na rede social.
Em depoimento na 4ª DRP (Delegacia de Repressão à Pedofilia), a garota relatou que suas fotos íntimas foram publicadas após se negar a seguir enviando para Leandro fotos e vídeos dela com teor sexual.
O compartilhamento foi feito no próprio perfil da vítima, que foi obrigada a dar a senha ao criminoso, que a mudou e passou a administrar a conta da jovem. Como mostram as investigações, o criminoso criou um perfil falso, fingindo ser uma garota, para se aproximar e ganhar a confiança da vítima, que atualmente tem 14 anos.
O perfil fake, cujo nome era Mariane, ganhou a confiança da garota e conseguiu convencê-la a enviar fotos íntimas, sob o pretexto, por exemplo, de ver se os seios delas seriam semelhantes.
A investigação da 4ª DRP mostra, ainda, que Leandro usava o perfil fake em grupos de bate papo do Telegram e Discord, por meio dos quais foi “apresentado” à vítima pelo perfil fake, ou seja, Mariane, que na verdade era o próprio criminoso, que fingia estar apresentando à vítima a Leandro.
Manipulação.
Nas conversas, Leandro pediu à vítima que enviasse imagens íntimas. A jovem se negou e Leandro, então, afirmou que Mariane (seu perfil falso) já havia encaminhado as fotos da adolescente nua para ele.
“Com isso, ele passou a ameaçar de divulgar o material na internet, conseguindo convencer a jovem a lhe dar a senha de acesso à conta no Instagram, além de ela ser obrigada a encaminhar fotos e vídeos, cada vez mais pesados”, afirmou à reportagem do Metrópoles um policial que acompanha o caso, em condição de sigilo.
A gota d’água foi quando Leandro exigiu e a garota se negou a fazer um vídeo pornográfico com um cachorro. Com a negativa, Leandro compartilhou imagens íntimas da garota, no Instagram dela, em 29 de março.
Além de Leandro, o irmão dele, de 17 anos, foi apreendido em flagrante e indicado pelo crime análogo a pedofilia, pelo fato de manter salvo em seu computador pornografia infantil. O menor foi liberado, ainda na segunda-feira, para responder ao caso em liberdade.
Leandro conseguiu, inclusive, coletar informações sobre os pais da garota, assim como o endereço, ampliando as ameaças à família, inclusive de morte. Isso fez com que eles se mudassem. Com base no relato da vítima, a 4ª DRP instaurou um inquérito e conseguiu elencar provas para viabilizar a prisão de Leandro.
Na casa do criminoso, onde ele mora com a mãe e o irmão, em Lorena, foram apreendidos o computador do menor de 17 anos, com pornografia infantil, além do celular de Leandro, no qual há ameaças à jovem, assim como vídeos dela. O material será periciado.
De acordo com apuração do Metrópoles, a mãe de Leandro desconhecia os crimes. Ela relatou à polícia que o filho mais velho usava com constância o celular e que o caçula ficava bastante no computador.
A defesa de Leandro não foi localizada. O espaço segue aberto para a manifestação do acusado de pedofilia.
* Com informações do portal Metrópoles