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Com camisa vermelha, Seleção aposenta o 'manto de Nossa Senhora'

Por Da redação | Aparecida
| Tempo de leitura: 3 min
Reprodução/CBF
Seleção Brasileira pode ter uma camisa vermelha como segundo uniforme na Copa do Mundo de 2026
Seleção Brasileira pode ter uma camisa vermelha como segundo uniforme na Copa do Mundo de 2026

A notícia de um site especializado de que a Seleção Brasileira pode ter uma camisa vermelha como segundo uniforme na Copa do Mundo de 2026, no lugar da camisa azul, pode aposentar o uniforme inspirado no manto de Nossa Senhora Aparecida, a Padroeira do Brasil, e que deu ao país sua primeira Copa do Mundo, em 1958.

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De acordo com o site Footy Headlines, referência em "vazar" camisas de clubes e seleções antes do lançamento, a camisa vermelha substituiria a azul, tradicional número 2 do time pentacampeão do mundo, e conteria o selo da Jordan, e não da Nike, fornecedora e material esportivo do Brasil desde 1996.

O primeiro uniforme seguiria com a tradicional camisa amarela, mas o número 2 passaria a ser vermelho, e não mais azul.

No entanto, a camisa azul tem uma história para lá de inusitada e que trouxe sorte ao time canarinho. A primeira vez que a seleção jogou com o uniforme azul foi no dia em que conquistou a Copa do Mundo pela primeira vez, em 1958, na Suécia.

Origem da camisa azul.

A escolha pela cor surgiu após um imprevisto e teve como inspiração o manto de Nossa Senhora Aparecida, a Padroeira do Brasil, cuja capital dessa fé popular fica no Vale do Paraíba.

O adversário do Brasil na final da Copa do Mundo de 1958 foi a Suécia, anfitriã do mundial. Mas o uniforme da seleção sueca também era amarelo. Com isso, a Fifa realizou um sorteio para definir quem jogaria com a camisa principal.

No sorteio, ficou decidido que os donos da casa teriam preferência. A notícia gerou grande preocupação no elenco brasileiro, já que a seleção teria que jogar de branco.

Considerada 'amaldiçoada', a camisa ficou marcada de forma negativa por ter sido usada na dolorosa derrota em casa para o Uruguai, no Maracanã, na final da Copa do Mundo de 1950.

Na véspera da decisão, o então chefe de delegação da seleção, Paulo Machado de Carvalho, encontrou a solução perfeita e que acabou dando origem ao uniforme azul que é usado até hoje.

“Ele estava aflito com a situação e com o elenco abatido, então decidiu rezar. Quando levantou a cabeça do local onde estava, viu a imagem de Nossa Senhora Aparecida na parede e do manto azul dela veio a inspiração para a camisa que o Brasil usaria. Ele sentiu que o manto azul daria o título para a seleção”, disse o historiador de futebol Rodrigo Ojuara, em entrevista ao site GE.

Santa inspiração.

A santa é a padroeira do Brasil desde 16 de julho de 1930.

Então, a delegação saiu às ruas de Estocolmo, onde a seleção estava hospedada, e comprou em uma loja especializada um kit com 22 camisas azuis.

Na noite anterior à final, o massagista Mário Américo e o médico Francisco Alves foram os encarregados a costurar e bordar o escudo da CDB (atual CBF) e os números no novo fardamento.

Logo na estreia da azul, o Brasil brilhou. Com gols de Zagallo, Vavá, duas vezes, e do ainda jovem Pelé, também duas vezes, a seleção venceu a Suécia por 5 a 2 e levantou a primeira das cincos taças de Copa do Mundo.

“Reza a lenda que a origem é exatamente essa. É um termo muito forte no futebol sul-americano. O futebol aqui esteve sempre muito ligado à religião”, afirmou Ojuara.

Comentários

1 Comentários

  • Gustavo Mendes 29/04/2025
    Pouco a pouco este vermelho indesejável vai invadindo nosso país, a justificativa a gente lê, mas a realidade a gente sabe.