
Um funcionário da Saúde de Caçapava registrou boletim de ocorrência por desacato após ser ofendido verbalmente por uma mulher que aguardava a filha retornar de uma consulta médica. O caso ocorreu em frente ao Postão de Saúde, na Vila Antônio Augusto Luiz.
A mãe de uma paciente teria ofendido o motorista do transporte municipal com xingamentos e ameaças após a demora no retorno da filha. A Polícia Civil investiga o caso com base em relatos e possíveis áudios enviados à vítima.
Clique aqui para fazer parte da comunidade de OVALE no WhatsApp e receber notícias em primeira mão. E clique aqui para participar também do canal de OVALE no WhatsApp.
De acordo com o boletim de ocorrência, o motorista, de 47 anos, relatou que é servidor público e responsável pelo transporte de pacientes da Secretaria de Saúde de Caçapava. Na manhã do dia 17 de abril, ele iniciou o trajeto com sete pacientes e cinco acompanhantes para atendimentos em hospitais da região, incluindo o Hospital Frei Galvão, em Guaratinguetá.
Por volta das 13h, a mãe de uma das pacientes começou a enviar mensagens e áudios e a fazer ligações com tom agressivo ao motorista, exigindo o retorno imediato da filha, dizendo coisa como: “minha filha está sem comer até essa hora… minha filha não foi passear”.
Ao retornar com os pacientes para Caçapava, por volta das 14h30, o veículo parou no Postão de Saúde. No local, a mãe aguardava a filha e, segundo o motorista, começou a ofendê-lo verbalmente com expressões como: “você vai se ferrar”, “vou denunciar e acabar com sua vida” e “seu vagabundo”.
Eliana deixou o local em seguida, levando a filha. O motorista declarou que outros pacientes testemunharam o ocorrido e se comprometeu a apresentar posteriormente os áudios enviados pela investigada.
Outro lado.
A Prefeitura de Caçapava foi procurada para se manifestar a respeito do caso, mas até o momento não respondeu aos questionamentos da reportagem.
O Prefeito Yan Lopes (Pode) esteve em reunião com os membros da saúde e falou sobre a logística no transporte de pacientes.
Segundo o relato, a investigada ficou insatisfeita com o tempo de espera para o retorno da filha, que estava em consulta médica em outro município. A filha da mulher não recebeu refeição entre 5h e 14h30, de acordo com ela. O boletim de ocorrência relata apenas ofensas verbais e ameaças, e não agressão física.
O caso será analisado pelo delegado titular. A mulher poderá responder por desacato a funcionário público, previsto no Código Penal. O funcionário se comprometeu a apresentar os áudios enviados pela mulher no momento das ofensas.