MENSAGEM

‘O papa amou até o fim’, diz dom Orlando, arcebispo de Aparecida

Por Da redação | Aparecida
| Tempo de leitura: 3 min
Divulgação/Matheus Andrade/Santuário Nacional
Arcebispo de Aparecida, dom Orlando Brandes fala do papa Francisco em missa
Arcebispo de Aparecida, dom Orlando Brandes fala do papa Francisco em missa

Todas as celebrações do Santuário Nacional de Aparecida desde a última segunda-feira (21), quando foi confirmada a morte do papa Francisco, estão sendo realizadas em intenção pela alma do pontífice, que marcou para sempre a história da Igreja Católica.

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Na segunda-feira, a missa das 9h no Altar Central da Basílica foi presidida pelo arcebispo de Aparecida, dom Orlando Brandes, e concelebrada pelos missionários redentoristas.

Durante a reflexão do Evangelho de Mateus (28,8-15), quando o povo de Deus teve a certeza que Jesus estava ressuscitado, o arcebispo falou sobre a passagem do papa para a eternidade. Dom Orlando ressaltou as últimas palavras do pontífice na manhã do domingo de Páscoa (20).

“Ele disse ontem ‘Feliz Páscoa’, e sabia ou não sabia, que a Páscoa dele estava tão pertinho! Estas palavras são para que nós também sejamos testemunhas de Jesus Ressuscitado, da alegria da ressurreição! E o papa também se despediu, o papamóvel, com aquela dificuldade passou pelo meio do povo, ele pegou na mão de uma criancinha, se despedindo de todos nós, para a alegria da Casa do Pai”, disse dom Orlando.

O arcebispo de Aparecida também lembrou como o argentino Jorge Mário Bergoglio era um grande devoto de Nossa Senhora.

“Ele desejou e será sepultado na Igreja de Santa Maria Maior em Roma, e ele confessa desde o início: ‘Sou um pecador, rezem por mim’. Todo dia ele pedia isso e lá no hospital, ele percebeu o poder da oração do povo amado. Além do amor a Maria, ele tinha um grande carinho por São José, porque foi na Igreja de São José onde aconteceu o toque da conversão dele. Dedicou um ano inteiro para São José”, afirmou.

Papa em Aparecida.

Dom Orlando destacou as oportunidades que o papa esteve em Aparecida e sempre se preocupou com a Capital Mariana da Fé.

“Ele viveu aqui um mês inteiro, na 5ª Conferência (em 2007), e depois escreveu o Documento de Aparecida. A Igreja percebeu a fé do povo católico de Aparecida, que influenciou o Documento. Mas não é só isso. O papa esteve conosco na Jornada Mundial da Juventude, tinha um grande amor por Nossa Senhora Aparecida e o dizia publicamente, chamava de ‘Madonina’ querida, mãezinha.”

Sobre esta preocupação de Francisco com o Santuário, o arcebispo falou com mais detalhes após a missa.

“Por iniciativa dele, ele telefonou aqui para o Santuário durante a pandemia para saber como é que nós estávamos vivendo esta dor da pandemia. Ele disse que a Mãezinha estava sofrendo com o povo brasileiro, e que o papa estava rezando com todos nós e sempre disse ‘por favor reze por mim’ e agora continuemos orando por ele. Isso é um papa de pés no chão, com um grande coração e grande amor a Nossa Senhora.”

O final da homilia foi sobre como o papa sempre esteve perto dos brasileiros e preocupado com a fé e a sociedade do país.

“Ele fez o Sínodo da Amazônia e foi muito criticado por isso, mas fez isso para que amemos mais o Jardim de Deus, e que a terra não morra antes do tempo. Ele canonizou Santa Dulce dos Pobres, a santa brasileira! Como o papa Francisco está tão pertinho de nós e claro, criou o Dia Mundial dos Pobres! Ele é da Igreja da paz! As últimas palavras escritas foram na Sexta-Feira Santa, falando da paz no mundo, durante a Via-Sacra, e lá do hospital não falava dele, falava das vítimas das guerras e não parou de dizer que a guerra é uma derrota. A sua última encíclica fala do coração, e se chama ‘Amou-nos até o fim’ e o papa amou até o fim, foi rejeitado, criticado, mas não arredou o pé da fé católica e da certeza do amor de Deus.”

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