
No final desta tarde de quinta-feira (17), o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) pôs fim à greve de fome iniciada em 8 de abril, após firmar um acordo com a presidência da Câmara dos Deputados que adia o andamento de seu processo de cassação. O parlamentar protestava contra o que considerava irregularidades na tramitação do caso.
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O desfecho foi anunciado em Brasília, durante encontro com lideranças de movimentos sociais. Glauber agradeceu o apoio recebido e afirmou que a mobilização continua.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou em rede social que o deputado terá um prazo de 60 dias para apresentar defesa, a contar da decisão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) sobre um recurso que será protocolado. Com isso, o mandato de Glauber está assegurado pelo menos até o fim de junho.
A solução foi articulada com o apoio da deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e do líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), informou o Uol.
O deputado é acusado de quebra de decoro parlamentar após agredir um integrante do Movimento Brasil Livre (MBL). A votação no Conselho de Ética, em 8 de abril, aprovou o prosseguimento do processo por 13 votos a 5. No mesmo dia, Glauber anunciou o início da greve de fome e passou a dormir na Câmara. Durante o protesto, ele perdeu 4,9 kg.
Familiares e aliados acompanharam o parlamentar de perto. Integrantes do governo Lula também demonstraram apoio, com visitas dos ministros Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) e Sidônio Palmeira (Comunicação Social).
Comentários
1 Comentários
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jaques campos 18/04/2025todo apoio ao bravo deputado Glauber e a sua luta contra a corrupção e um parlamento corrupto em sua maior parte capitaniados por Artur Lira e seus asseclas. Principalmente contra o orçamento secreto, excrescência que bolsonaro usou para manter se manter no cargo e entregar o poder para Artur Lira. A sociedade brasileira devia se mobilizar para acabar com esta deformidade, não eh função do congresso adinimistrar o orçamento.