
Rafael Alves Gonçalves, de 40 anos, e Elaine de Sousa Alves, de 41, foram presos neste sábado (12) suspeitos de envolvimento na morte do filho de dois anos, Heitor de Souza Alves Gonçalves.
Segundo o jornal Extra, a criança chegou sem vida à Maternidade Fernando Magalhães, em São Cristóvão, na Zona Norte do Rio, na última quarta-feira. Sem oferecer resistência, o casal vai responder por homicídio qualificado e descumprimento de medida protetiva.
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Segundo a cuidadora dos irmãos gêmeos, as crianças chegaram à sua casa andando. Rafael teria dito que Heitor estava vomitando e com hematoma na testa após cair no chão ao ser empurrado pelo irmão. A mulher contou que o menino chegou “mole”, passou o dia ofegante e vomitando, mas que os pais, mesmo avisados, não tomaram nenhuma providência. No fim da tarde, Heitor desmaiou e foi levado ao hospital por uma vizinha, com apoio de policiais militares.
O laudo do Instituto Médico-Legal (IML) confirmou que o menino foi agredido antes de ser entregue à cuidadora. A causa da morte foi traumatismo craniano com hemorragia, lesões abdominais e laceração no pâncreas.
Além dos pais, o avô materno de Heitor, Jorge Carrilho e Juventude, também foi indiciado por homicídio por omissão imprópria e por violar medida protetiva. Desde novembro do ano passado, ele tinha a guarda provisória dos gêmeos por decisão da Justiça, que proibiu Rafael e Elaine de manter qualquer contato ou se aproximar das crianças. Em depoimento, Jorge admitiu que, apesar da proibição, deixava os filhos sob os cuidados da mãe diariamente por precisar trabalhar. Ele alegou que acreditava que a restrição valia apenas para o pai.
As investigações também revelaram um histórico de violência. Em janeiro de 2024, Heitor ficou internado por 33 dias no Hospital Pasteur, no Méier, após sofrer múltiplas fraturas na cabeça. À época, os pais disseram que o encontraram caído no berço após ouvirem seu choro, mas exames indicaram sinais compatíveis com agressão.