'TEM 7 VIDAS?'

Estudantes de medicina zombam de jovem transplantada 4x; VÍDEO

Por | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução/Metrópoles
A gravação foi feita dentro do Instituto do Coração (Incor), no Hospital das Clínicas da USP.
A gravação foi feita dentro do Instituto do Coração (Incor), no Hospital das Clínicas da USP.

Um vídeo publicado no TikTok por duas estudantes de medicina gerou revolta ao expor, de forma debochada, o caso de Vitória Chaves da Silva, de 26 anos, paciente submetida a quatro transplantes de órgãos e que morreu dias depois. A gravação foi feita dentro do Instituto do Coração (Incor), no Hospital das Clínicas da USP, onde Vitória estava internada, e foi retirada do ar na terça-feira (8), após repercussão negativa.

Leia mais: Paciente acusa médico de insultá-lo

No vídeo, as estudantes Gabrielli Farias de Souza e Thaís Caldeiras Soares Foffano comentam o caso da paciente que teria passado por três transplantes cardíacos — detalhes que coincidem com a história de Vitória, embora o nome dela não tenha sido citado diretamente. Em tom de deboche, as jovens insinuam que a paciente não tomava os medicamentos corretamente e ironizam sua condição. “Essa menina está achando que tem sete vidas”, diz uma delas.

A família de Vitória reconheceu a exposição e se manifestou. Segundo a irmã da paciente, Giovana, um amigo viu o vídeo e avisou sobre a postagem. A mãe de Vitória, Cláudia Chaves, classificou o conteúdo como mentiroso. “Temos provas de que ela seguia o tratamento à risca. Ela lutava para viver”, desabafou ao portal Metrópoles.

Vitória morreu no final de fevereiro, após choque séptico e insuficiência renal. Ela havia passado pelo terceiro transplante de coração em 2023 e por um transplante de rim dois anos antes.

A família registrou boletim de ocorrência e acionou o Ministério Público de São Paulo (MPSP) e o próprio Incor. A instituição afirmou, em nota, que repudia atitudes que violem a ética e a confidencialidade médica e informou que apura o caso. O ICH acrescentou que as estudantes não têm vínculo com a USP ou com o Incor, e que participaram apenas de um curso de extensão de curta duração. As universidades de origem das alunas foram notificadas.

A família de Vitória cobra retratação pública das estudantes.

*Com informações do Metrópoles

Comentários

1 Comentários

  • LUIS ROBERTO ROMERO 09/04/2025
    Precisam ser impedidas de exercer qualquer curso de medicina.