
A Diretoria de Ensino de São José dos Campos informou que está tomando “todos os trâmites administrativos” com relação à denúncia de homofobia contra uma professora do 2º ano do ensino médio da Escola Estadual João Cursino, no Jardim São Dimas, na região central da cidade.
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Segundo um aluno de 17 anos, a docente o constrangeu diante da sala com falas homofóbicas. O caso ocorreu no dia 24 de março, quando o aluno levou um exercício até a docente para correção.
Por meio de nota, a Secretaria de Estado da Educação informou que foi instaurada apuração preliminar, com propositura de afastamento da professora para atividades burocráticas na Diretoria de Ensino.
“A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo repudia qualquer tipo de preconceito, dentro ou fora do ambiente escolar”, disse a pasta.
“A equipe de gestão acolheu o aluno e seus responsáveis. Todo suporte está à disposição do estudante, com atendimento de um profissional do Programa Psicólogos da Educação e o acompanhamento de uma equipe do Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar (Conviva-SP). A família registrou Boletim de Ocorrência e o Conselho Tutelar foi comunicado do ocorrido”, completou.
A nota termina dizendo que a “Diretoria de Ensino de São José dos Campos e a direção da unidade lamentam o ocorrido e continuam à disposição da comunidade escolar para quaisquer esclarecimentos”.
A denúncia.
Segundo o relato da mãe do estudante, registrado em boletim de ocorrência, a professora teria dito ao adolescente para não falar com “voz de viado” e feito perguntas constrangedoras sobre sua vida íntima na frente da turma, como “você é ativo ou passivo?”, “vai mudar de nome e virar mulher?”, “sua família aceita isso?”, e afirmou ainda que “isso de ser gay é loucura”.
A mãe disse que o filho, que é homossexual, ficou abalado com a situação e procurou a direção da escola, mas, segundo a denúncia, nenhuma providência foi tomada pela gestão da unidade de ensino.
“Meu filho está muito abalado e horrorizado pelo crime ter sido cometido por uma professora que deveria ser exemplo em sala de aula”, disse a mãe, segundo o boletim de ocorrência.
O caso foi registrado como possível crime de injúria e, como se trata de ação de natureza privada, a vítima foi orientada a procurar a Defensoria Pública ou um advogado para apresentar uma queixa formal na Justiça.
A reportagem não conseguiu contato com a defesa da professora citada na denúncia. O espaço segue aberto.