
Esses dias, recebi críticas por uma escolha que fiz para uma entrevista na TV. E antes que você pense que vou começar com o clássico “se não gostou, guarda pra você” ou o batido “quem está na internet tem que ter casca e aguentar”, já adianto: não irei! Prefiro, entre um comentário ácido e outro, tentar interpretar e por que não, enxergar algo que eu posso não ter percebido em um primeiro momento - ok a maioria das vezes eu simplesmente ignoro solenemente rsrsrs. Mas mais do que ignorar, eu gosto de pegar essas alfinetadas, misturá-las com um punhado de maturidade e transformar tudo isso em algo que valha a pena: um bom bate papo com vocês.
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Quantas vezes você já viu uma tendência pipocando por aí e pensou, com aquele leve franzir de testa, “Sério que isso vai pegar?” Ou então, com um suspiro resignado, “Isso não é pra mim, não”? Eu já. Minhas clientes e alunas também. E sabe o que eu descobri e venho reforçando – e ensinando – que existe uma liberdade deliciosa em olhar para o que está na moda e dizer: “Que lindo. Mas não, obrigada.”
Aliás, já virou um mantra por aqui, aprender a apreciar o belo que não é para nós. Afinal nem tudo que brilha no feed foi feito para todas nós. E é aí que entra a nossa maturidade fashion. Ela nos ensina a separar o que nos abraça do que nos aperta, o que vale um teste daquilo que nem merece o esforço.
O Boho, por exemplo, abro o Instagram e lá está ele: franjas, estampas fluidas, aquele ar de liberdade despojada. É lindo, brilha, encanta – mas não é pra mim. Não é que eu não goste ou ache feio, absolutamente nada disso. Só não conversa com minha essência, com a imagem que eu quero passar. Claro, uma referência ou outra pode ter certeza que irá aparecer no meu armário e no meu estilo. Mas abraçar a tendência inteira? Não, obrigada. E sabe o que é mais legal? Adoro ver uma mulher que veste o Boho com tanta verdade que parece que nasceu praquilo. Eu aplaudo, admiro, mas não preciso levar para o meu guarda-roupa.
E essa é a essência que eu quero que você leve dessa coluna: a beleza de dizer “não” sem culpa e de dizer “sim” com convicção.
A moda é como o Spotify, milhares e milhares de opções, mas não é porque funkestá na moda, por exemplo, que entrará na sua playlist, certo? Estilo, no fundo, é isso: um ritmo que você escolhe dançar ou não.
Lembro de uma cliente que chegou pra mim com um dilema: “Fran, todo mundo tá usando tênis, mas eu me sinto uma adolescente, nada profissional.” Minha perguntei: “Mas o que você ama em você mesma?” Ela pensou e disse: “Minhas pernas quando uso salto.” Pronto, fomos atrás de lindos e altíssimos saltos. Não era a tendênciado momento, mas era o “sim” perfeito pra ela.
Quando falo sobre a maturidade fashioné sobre não rejeitar o novo por teimosia, mas sobre acolher o que te valoriza, o que te traz aquela sensação boa de potência. O ponto é: você decide – através de conhecimento, aumentando seu repertório, aprendendo técnicas e somando a isso, autoconhecimento. A receita é boa!
Afinal no fim das contas, a moda é um espelho, mas quem segura ela é você.
E eu, como sua consultora de imagem ou através do Estilize-se, estou aqui pra te ajudar a ajustar o ângulo – pra que o reflexo seja sempre o mais bonito, o mais verdadeiro, o mais você.